Naquele work shop, estavam reunidos profissionais de diversas áreas. O auditório bem iluminado e adequadamente climatizado, atendentes diligentes e atenciosas... Sobre a mesa do palestrante, um belíssimo e vistoso vaso, com uma plantinha não tão viçosa...
Em determinado momento, os assistentes foram convidados a definir o que era o amor de acordo com o ofício de cada um.
Uma professora, disse que o amor, era partilhar com os outros os conhecimentos e vivências legados pelo estudo; contribuindo assim, para a construção de uma sociedade melhor.
Um médico, disse que amor, era o alívio da dor, presenteando a vida com uma melhor qualidade de existir.
Um artista, definiu o amor, como sendo um dos combustíveis da inspiração, capaz de emprestar ao homem, as etéreas asas da criação.
Uma religiosa, via o amor, como o orvalho divino a mitigar a secura dos corações, atormentados pelas idiossincrasias dos tempos modernos.
Um filósofo, enxergava o amor, como sendo a sublimação dos sentimentos humanos em sua busca do bem, numa antítese ao mal.
Após diversas definições acerca do amor, o palestrante proferiu suas considerações finais. Algumas pessoas começaram a sair, enquanto outras conversavam animadamente. Foi quando um garoto com cerca de oito anos aproximou-se da mesa, encheu um copo com água e diante do rico vaso, molhou a terra esturricada, que até então roubara o viço daquela desamada planta.
(Postado aqui em julho de 2007).
Antônio adorei o post... definir o amor com palavras é como nunca definí-lo.... só gestos são capazes de mostrar sua real extensão....
ResponderExcluirBeijo no coração
De fato, não é uma questão de definição mas de vivência.
ResponderExcluirObrigado pela visita. Volte sempre.
Um abração.
É isso, o amor não se define, pratica-se.
ResponderExcluirMuito bom.
Abraços
É a ação no bem, o sentir além das palavras.
ResponderExcluirObrigado por ler e comentar.
Um abração.
Antonio querido,
ResponderExcluirNeste belo texto, o garoto, sem emitir uma só palavra, definiu com o coração, o que é o amor.
Palavras são palavras. E é tão fácil falar!
Amor é para ser vivenciado, realizado, vivificado. É doação, é sensibilidade, é ação sem medidas. O garoto sabia disto.
Um grande e afetuoso beijo em seu coração, amigo.
Maria Paraguassu.
Olá estimado António,
ResponderExcluirGostei das definições dada pelos intervenientes com diversas profissões.
"Cada um puxou a brasa à sua sardinha", como, vulgarmente, dizemos, mas gostei muito da definição dada pela Professora e pelo Filósofo.
Definir o amor é difícil. Podemos dar algumas ideias, exprimir pensamentos, mas senti-lo será o melhor caminho, a melhor das definições.
Bem, mas quem brilhou mesmo, foi o garoto de oito anos. Deu amor, de maneira tão simples e tão ingénua.
Abraços de luz.
Esse texto de Martha Medeiros. Bem ilustra as "definições" do amor:
ExcluirA fita métrica do Amor
Como se mede uma pessoa?
Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata
você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena pra você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente
no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento,
quando sonha junto.
É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o
que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando se deixa reger
por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento,
pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas:
Será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições?
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um
amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um
amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade:
as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros,
mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão,
e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos
que tornam uma pessoa grande.
É a sua sensibilidade sem tamanho...
Martha Medeiros
Bom dia querido António,
ResponderExcluirObrigada, de coração, pelas aprazíveis e gentis palavras, que deixou em meu blog, a propósito do aniversário do mesmo.
A Fita Métrica de Martha Medeiros está sublime, divina, não tem tamanho.
Já comeu uma fatia do bolo de amor, que é enorme?
Bom Domingo.
Um beijo, de coração.