Cada um vê e interpreta os fatos e as coisas, segundo seus pontos de vista, ao sabor dos seus interesses, conceitos e preconceitos. Repare se não é:
Quando os erros dão certo, temos uma obra-prima da engenharia. Quando o metrô desaba, a culpa é das chuvas.
Político não erra. O povo é que não consegue acertar.
Tirar dos ricos para dar aos pobres, é crime. Subtrair dos pobres para presentear os ricos, é política.
Acreditar em Deus, crer que uma força superior pode nos ajudar, é ter fé. Confiar em soluções milagrosas ou que a prosperidade está à venda, é cair no "conto do Pastor".
Pobre falando alto, é falta de educação. Rico aos berros, é stress.
Correr na zona nobre, é orientação do "Personal". Uma corridinha na periferia, é questão policial.
Quando os índices educacionais são positivos, é porque as políticas públicas estão funcionando. Quando os indicadores são negativos, é porque os professores não estão ensinando.
Falar mal do outro, é apenas fazer um simples comentário. Ser o objeto do mal falar, é intriga de fofoqueiro.
A priori, um pobre que pega algo numa loja, é ladrão. Um rico surrupiando, é cleptomaníaco.
Quem droga-se para ter coragem, é um covarde. Quem tem coragem para drogar-se, é um estúpido.
"Celebridade" fazendo besteira é excentricidade. Um anônimo flagrado na mesma asneira, é louco de pedra.
A "saúde pública no Brasil é quase perfeita", para quem não precisa dela. Para quem não tem outra opção, é uma "roleta russa".
Em países sérios, o povo vai às ruas, cobrar seus direitos. Em outros, vai pular carnaval.
Estou certo ou errado? Talvez certo, talvez errado; talvez certo e errado ou nem certo, nem errado.
Xiii!!! Esse meu desfecho ficou parecendo lero lero de político!
Vá de retro!!!
(Postado aqui em 05 de agosto de 2007).
"A priori, um pobre que pega algo numa loja, é ladrão. Um rico surrupiando, é cleptomaníaco" nunca foi tão atual, rs
ResponderExcluirRoubados somos todos em bens materiais e éticos... "Se gritar pega ladrão... não fica um, meu irmão" (Bezerra da Silva) um compositor que fez sucesso na década de 50 com uma composição atualíssima! Seu texto é de um conteúdo ímpar! Parabéns!
ResponderExcluirAbraço, Célia.
Boa noite, Antonio. Maravilhoso, engraçado, verdadeiro e atual o seu texto. As diferenças são extremamente gritantes, e não podemos fazer muita coisa , principalmente no nosso País tão amado onde os contrstes são absurdos.
ResponderExcluirTudo de fato, é uma questão de visão, particular e geral.
Adorei.
Você, como sempre, excelente!
Um beijo na alma livre!