O amor ideal,
É pleno, incontido, irrefreado...
O amor real,
carrega impermanência da realidade:
Como o dia e a noite,
A chuva e o estil,
O silêncio e o som,
O cheio e o vazio.
O amor ideal,
Tem a auto-suficiência
Do sonho, da emoção, do querer...
O amor real,
Experimenta a sazonalidade do cotidiano,
O embate entre o desejo e a razão,
A dialética do dia-a-dia,
A inconstância da vida...
Assim:
Real e ideal,
Confundem-se, alternam-se:
Como o perfume e os espinhos da rosa,
O infindo ir e vir do mar,
O ciclo das águas,
O clima das estações...
O amor ideal,
É perfeito, irretocável, ilimitado...
O amor real,
Tem a imperfeição de nossas imperfeições,
A fragilidade de nossas fragilidades,
O limite de nossas limitações.
Postado aqui em 02 de novembro de 2008.
https://poemasdaminhalma.blogspot.com/
ResponderExcluirOlá, caro amigo!
Belíssimo e soberbo poema,"O Amor Ideal".
É difícil saber, quanto a esse amor ideal, tantas vezes o temos e nem tão pouco o percebemos.
amor real,
Tem a imperfeição de nossas imperfeições,
A fragilidade de nossas fragilidades,
O limite de nossas limitações.
Adorei António, Parabéns pela inspiração perfeita!
Abraço amigo.
Luisa
Bem assim, vagamos entre o ideal e o real, concreto e abstrato, sonhando e tentando viver.
ExcluirUm abraço e bom fim de semana.
Debatem-se nesse paralelo entre o ideal, o imaginário e o real, a leveza de um grande amor em nossas individualidades.
ResponderExcluirAbraço.
O amor buscando-se, buscando se encontrar entre os tantos desencontros do real e ideal.
ExcluirUm abraço e bom fim de semana