Na Centro-América, um Haiti.
Favelas, encostas,
aldeias...
Haitis daqui!
Lá e cá:
Miséria endêmica, desumanização!
Pretos pobres de mãos postas,
autoridades dando as costas,
muito ocupadas com a próxima eleição.
Terremoto aqui não tem,
flagela pobres pretos o desdém.
Polêmica?
Só se ameaçar do rico o ócio,
ou do político seu sócio,
comprometer o “não contabilizado” da política.
Mas que importam os Haitis?
É carnaval, tem trio e axé,
“gente bonita”, turista, pegação...
Mas não dá pra disfarçar:
Nas cordas outro Haiti!
Cordeiros mal calçados, ínfima remuneração,
muita sede e pouca água,
muita a fome, pouca a ração.
Dentro, Brinca a brancolândia mulata,
fora, a pobreza desejada invisível,
mas explícita, explicita o Haiti daqui.
Ajudem, socorram, amem o Haiti de lá,
mas não esqueçam dos de cá.
Sobretudo na hora do voto,
lembrem dos múltiplos,
dos tantos,
dos nossos Haitis.
Lindo Apon!!!
ResponderExcluirQue sensiblidade maravilhosa, de eternecer o coração e despertar a consciência.
Com tua permissão, gostaria de postar também este texto no Celeiro. Agradeçod esde já, amigo querido.
Tenha uma semana abençoada, de paz, saúde, alegria e trabalho no bem.
Oi! muito obrigado por suas gentis palavras. Sinta-se a vontade para reproduzir o texto no "Celeiro". Para mim é uma honra.
ResponderExcluirUm grande abraço.