São pobres e pretos,
pretos e pobres
na senzala hodierna
da preta e pobre favela.
Parindo pobres e pretos
à margem da sorte,
tendo por sina
uma bala perdida,
uma súplica inouvida,
um lamento de dor.
Pretos pobres
e pobres pretos,
não estão
no horário nobre da TV,
mas na sangrenta,
preta e pobre página policial.
Mas, racismo aqui não existe,
pobre e preto
deixa o gueto quando é carnaval,
ganha em dólar no turismo sexual.
Nessa terra
de belezas e hipocrisias;
hora ajoelha-se na igreja
outra baixa-se no terreiro,
uma vela no oratório
outra vai para a camarinha,
uma vez é do santo,
outra é do Orixá.
Mas pretos e pobres
Continuam pobres e pretos.
Postado aqui em 06 de novembro de 2010.
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Infelizmente assim é. Eu acredito no que tu dizes. Pobres e pretos não há, infelizmente, volta a dar, pelo menos por agora, mas dias melhores virão.
ResponderExcluirBeijos.