O poder instila no homem o delírio da ilusória onipotência. Uma irreal sensação de imortalidade, lhe corrompe a razão desatinando os sentidos. Torturas, perseguições, assassinatos e um sem número de atrocidades, fingem a força que esconde a fragilidade de quem arregimenta em torno de si, tenebrosas sombras que lhe devoram a paz e a sanidade, sobressaltada pelos possíveis efeitos de suas injustas causas.
Mas, ditadores também morrem, apodrecem como seus regimes, tropeçando na decrepitude senil do absolutismo tolo. É quando a morte surpreende o tirano na sua patética alucinação que enodoa a História com sua sanguinolenta delinquência. Traspostos os portais terrenos, a indigência de sua realidade e os ais dos seus delitos, ecoam no inferno da consciência culpada. Sem os podres poderes da prepotência arrogante, cativo de si mesmo, escravo do seu mal feito.
O tempo passa, tudo e todos passam. Efêmero e fugaz existir. Ninguém é dono de nada, nem de ninguém. O homem precisa ser livre, a liberdade é sua essência. Livre pensar, livre sentir, livre expressar, livre viver.
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