Da tela do micro ela surgiu,
de um chat
onde presumia
o vácuo absoluto existir,
ela emergiu
de um mar de bits;
de um teclar inesperado,
um inesperado convergir.
Do PC ao telefone,
o virtual vestiu
a poesia de uma voz,
e o enlace do sentir
fez-se eco nos corações
que um cupido cibernético
ousou flechar,
mudando o sentido
ou dando sentido
ao que sentido não tinha.
Dois desconhecidos
o destino plugou:
conexão de quereres,
paixão via modem,
suspiros e afãs;
desejo incontido,
abraço ansiado,
beijo querido:
afago desejado,
colo aquecido,
amor.
Via net ela surgiu
na tela do computador,
e digitou no meu coração
um nick chamado paixão.