Já não sou dono de mim,
de mim se adonou o destino:
Aceitar o que não aceito,
concordar com o que não concordo,
brincar de ser contente,
deixar a vida me levar...
Cativo num silêncio devorador de sonhos,
me embriago de lembranças,
quimeras,
Sorri falsa a alegria,
Vertigem da alma a chorar.
Vem comigo valsar a Saudade,
vagar entre memórias,
que não pôde o tempo apagar.
Tempo que se esvai na pressa dos dias,
roubando a poesia,
sonegando inspiração.
Esmaece a esperança,
como retinas que desertam da luz.
Eu que sempre quis contentes meus versos,
vivo esse descontente versar.
Não,
não sou dono de mim...
Oi, Antônio!
ResponderExcluirMuitas vezes temos a sensação de que não comandamos nosso próprio destino.
O que juramos nunca mais fazermos, acabamos repetindo, emoções que pensávamos não vivenciar nunca mais, acontecem de novo...
Vivamos e deixamos estar, procurando melhorar o que há de melhor em nós.
Se houver mesmo destino, que ele venha, mas que tenhamos consciência que fizemos a nossa parte!
Belo poema!
Abraços,
Mary:)
Por mais que tentemos nunca seremos absolutamente donos de nós...
ResponderExcluirEsta é uma tentativa vã - a de se desejar não pertencer as demais estações do MUNDO...
Abraços
O poema é muito belo!!!
Olá Mary.
ResponderExcluirO destino é uma “obra aberta” na qual, num instante somos autores, noutro protagonistas e em alguns momentos. Meros coadjuvantes.
Obrigado.
Um abração.
Oi Malu.
ResponderExcluirÉ verdade. Não somos donos de nada, nem mesmo de nós próprios. Somos usufrutuários da oportunidade do viver.
Obrigado.
Um abração.