Não falarei das guerras. Elas denunciam o quão desumano e estúpido é o dito ser humano.
Não falarei do preconceito. Ele é coisa de quem o discernimento, não consegue transcender à órbita do próprio umbigo.
Não falarei da morte. Ainda não entendemos a vida, muito menos seus "ritos de passagem".
Não falarei da educação, saúde ou segurança pública. São demasiadamente inverossímeis.
Não falarei dos Políticos. Grande parte deles afronta a dignidade, prostituindo a ética. Transformando a política num covil de embusteiros, ladrões e todo tipo de delinquente..
Não falarei do sensacionalismo. Ele aflige o espírito, deprava a realidade, adequando os fatos à baixeza de quem não tem qualquer respeito ou compromisso com a seriedade.
Não falarei de religião. Muitas viraram grandes negócios onde a alienação aumenta a lucratividade.
Não falarei de FALSA arte. Essa aberração que perverte a criação violentando os sentidos, na mais valia dos glúteos em detrimento do cérebro e do coração. Aviltar a música, promiscuir a dança, tornar célebre o que é reles lixo.
Não falarei das relações internacionais. Elas são a celebração da hipocrisia, a institucionalização do egoísmo no jogo bruto de interesses inconfessáveis.
Falarei do amor. Que promove encontros em meio a tantos desencontros e desatinos. Amor que inspira a paz e a verdade, colocando o ser acima do ter. Suaviza os corações beligerantes, espalhando o perfume da esperança no desintoxicar a mente, abrindo a alma às boas e reais inspirações.
Falarei do amor. Incorruptível essência que resgata-nos do vazio, coreografando uma invulgar alegria sem artifícios ou falseamentos. "trilha sonora" dos momentos não descartáveis que emprestam arte à vida, poesia ao viver.
Falarei do amor. Que nos humaniza, aproxima-nos de Deus, rompe os grilhões da ilusão, as cadeias dos interesses menores e fugazes.
Falarei do amor. Esse amor que nos faz iguais em nossas diferenças e não nos quer indiferentes à dor alheia. Amor que nos move a altos ideais na busca do melhor.
Falarei do amor... ... ...
Postado aqui em 31 de julho de 2011.