Frigidez e orgasmo, arrebatamento e marasmo, alívio e dor. Sou moderno e antiquado, a moldura e o quadro, o escrito e o escritor. A chave e a fechadura...
Sou meu saber e minha ignorância,
maturidade e infância,
sou plural e singular.
Sou gaiola e passarinho,
O caminhar e o caminho,
Meu dizer e meu calar.
Sou água e também vinho,
arrumação e desalinho,
recatado e pecador.
Sou a chuva e a estiagem,
sou real e sou miragem,
pragmático e sonhador.
Sou inverno e verão,
razão e coração
sou todas e nenhuma estação.
Sou o cheio e o vazio,
a fome e o fastio,
o desprezo e o querer.
Sou desamparo e esteio,
o trabalho e o passeio,
o crer e o duvidar.
Sou lume e escuridão,
grão, amplidão,
sou céu, entretanto chão.
Sou o certo e o incerto,
tolo e esperto,
vitorioso e perdedor.
Sou a frigidez e o orgasmo,
arrebatamento e marasmo,
meu alívio e minha dor.
Sou moderno e antiquado,
a moldura e o quadro,
o escrito e o escritor.
Sou a chave e a fechadura,
anarquia e ditadura,
carrasco e libertador.
Sou anonimato e fama,
a pureza e a lama.
o que foi e o que ficou.
Sou sede e saciedade,
indivíduo e sociedade,
sou a gota e sou o mar.
Tecnológico e artesão,
objetividade e sermão,
sou a mão, porém a contramão.
Sou a tinta e a tela,
a chama e a vela,
irreverência e devoção.
Sou estéreo e mono,
o banquinho e o trono,
a pedra e a flor.
Afinado e dissonante,
sou a aversão e o amante,
o descolorido e a cor.
Sou o ser e o não ser,
o ter, o abster,
ganhar e perder.
Sou azar e sorte,
vida e morte,
ida e vinda,
preguiça e lida,
dia e noite,
carinho e açoite.
Sou...
Postado aqui em 13 de junho de 2012.
Antonio Querido!
ResponderExcluirQue lindo poema!
Realmente, somos tudo isso em algum momento!
Tenho um poema com as caracteristicas parecidas, chamado minhas metades lá no meu blog.
Tenha uma linda noite de quarta feira!
Beijos!
Lindo post Antônio.
ResponderExcluirAcredito que todos nós somos essa eterna dualidade,somos iguais e opostos e talvez seja disso que resulta o nosso ser.l
abraço querido,=)
Lindo poema à dualidade do ser, do ter, do viver,etc...!
ResponderExcluirBem colocado, dá para fazer reflexão sobre cada verso!
Abraços amigo poeta!
Ivone
Querido amigo Antonio,
ResponderExcluirDo título ao poema, adorei. Somos!
Beijos com carinho
Nossa Senhora!
ResponderExcluirAchei maravilhoso este poema, Antonio!
Você é tudo isto. Encanta-nos.
Abraços
A vida, tem os seus pares.
ResponderExcluirFelicidades, pra voce, sempre.
Caríssimo,
ResponderExcluirÉs um grande poeta, é isso que és!
Lindo poema! Nossas misturas, nossas facetas, lado a e lado b tão difíceis de se entender.
Grande abraço
Leila
Parabéns pelas belas palavras juntadas em poesia.
ResponderExcluirAbs
Olá amigo Antonio,
ResponderExcluirEstive afastada por duas semanas, por conta de doença na família e, agora, volto à base.
Sua poesia eterniza nossos lados avesso e direito, nossos ângulos de comportamentos e modo de ser, enfim, nós como somos.
Bela postagem, querido!
Deixo meu abraço e meu sincero beijo em seu coração.
Maria Paraguassu.
Antonio,lindo demais seu poema!Vir aqui é sempre bom demais!Não dá vontade de ir embora!Bjs e boa semana!
ResponderExcluirMuito interessante, Amigo António.
ResponderExcluirParabéns pela criatividade. Abraço
Majo Dutra
Fora da criatividade não há salvação.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.
Cada um de nós é assim, dependendo do que o momento exige, podemos ser e deixar de ser, como várias facetas da nossa personalidade. Adorei ler! Boa semana! Beijos! :-)
ResponderExcluirComo bem cantou Raul seixas: "Prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
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