Segue triste o velho Chico.
Maltratado, esquecido...
A transposição?
Nem transpôs a eleição!
Logo o mal eleito,
esqueceu do povo o pleito.
Só miragem pro sertão.
A quem serve tal mutreta?
Ao fim eleitoreiro?
Ao enricar do empreiteiro?
Desdenhosa embromação. ...
No meretrício da política,
ideológica prostituta,
Ao sertanejo penitente,
resta a sorte indigente,
indiferença de morrer.
Aos “Coronéis” de outrora,
seguem os “companheiro” de agora.
Distribuindo “bolsa esmola”,
a quem negaram digna escola,
sonegaram educação.
Numa antítese ao Profeta Conselheiro,
Não fazem o sertão virar mar,
mas arriscam o mar virar sertão;
Mar de grana,
que escoa,
esvai-se no sumidouro do poder.
Mais uma rês entregue ao chão,
e o abutre em seu repasto,
imprimem triste retrato,
nefasta desolação.
A seca da natureza,
guarda em si menor dureza,
que a dos ressequidos corações.
Na árida tez sofrida,
escorre a lágrima dorida.
Do pobre,
derradeira irrigação.
Dê uma espiadinha em nossas postagens mais recentes:
Afinal, Antonio, encontrei uma ótima qualificação para a política... "meretrício"... Perde-se tudo, com a famigerada exploração da seca, onde muitos levam vantagens particulares, enquanto outros, sofrem com a indignidade humana!
ResponderExcluirAbraço, Célia.
Sem querer ofender o meretricio, é claro!
ExcluirOi, Antônio!
ResponderExcluirHá seca por aí ou é mera metáfora, mesmo?
Seu poema está muito bem estruturado e revela, inteligentemente, como é a nossa sociedade.
Resto de feliz dia.
Abraço da Luz.
Olá Luz.
ExcluirO Nordeste do Brasil vive uma das suas piores secas. Enquanto isso, nossos politiqueiros seguem preocupados com sua politicagem. O povo que se dane, ruminando novas e velhas mentiras dos antigos e noviços farsantes que desgovernam nosso país.
Um abração.