...Sou pé que perdeu o chão, estrela sem amplidão, “Homem de lata” sem coração. Sou bbússola sem norte, azar da sorte, relógio que o tempo congelou...
Saudade...
Ausência que não se ausenta,
farta vacância,
próxima dorida distância.
Sem ela:
Sou noite sem luar,
alvor sem luz solar,
arco-íris que perdeu toda cor.
Sou esperar sem esperança,
brinquedo sem criança,
Sou pé que perdeu o chão,
estrela sem amplidão,
“Homem de lata” sem coração.
Sou bussola sem norte,
azar da sorte,
relógio que o tempo congelou.
Sou primavera sem flor,
outono sem fruto,
verão sem calor.
Inverno eu sou!
Minha alegria mais que triste,
em desistir insiste,
persiste, compraz-se na dor.
Tão completa incompletude,
torna o peito ataúde.
Jazigo de toda emoção.
Caminhar sem rota,
natureza morta,
errante composição.
Deserto sem qualquer miragem,
nenhum oásis na paisagem,
realidade. Ressequida desolação.
Sou nota dissonante,
incerto que destoante,
acre dissabor.
Sou o desbotar de aquarelas,
louco cultor de quimeras,
sonho que desertou.
Eu sou...
Ela existe? Não existe?
Realidade ou ficção?
Se foi, Há de vir?
Sem ela...
Muito bonito o poema, carregado de paixão.
ResponderExcluirAdorei!
Um abraço, Antonio.
Se eu fosse ela aparecia logo...
ResponderExcluirGostaria de saber falar de amor assim. Belo poema!
Quando abraço meu amigo poeta
Leila
Belo poema.
ResponderExcluirDesejo um 2013 cheio de alegrias e bençãos para você e sua família!!
Abraços