Há quem queira ver a vida, como quem olha por um caleidoscópio e seus coloridos, outros desejam congelar o olhar naquela foto, naquele cromo semitransparente dentro do seu velho monóculo. Existem os que buscam a vista de microscópios, lupas, telescópios, binóculos... Ainda temos as almas míopes, hipermetropes e seus óculos, os óculos excessivamente escuros, os antiquados monitores monocromáticos... Mas o viver e entender verdadeiramente o estar aqui, é uma paisagem a olho nu.
A vida cobra-nos uma ótica atemporal e dinâmica que não cabe em artifícios, nem no dissimular a realidade. Assim como não se dá a coloridas fantasias, não se presta a descoloridas deserções. A existência humana transita entre estações: São invernos e verões, outonos e primaveras; hoje é tempestade, amanhã bonança, lágrimas e sorrisos, dores e venturas... Tudo passa como a noite cede ao dia e cada dia é um capítulo diferente dessa nossa obra inacabada. Não devemos enclausurar nosso olhar na fugacidade dos momentos. Enxergar o conjunto da obra. Eis a verdadeira percepção da vida.
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Termos a visão de toda uma floresta, ou de uma árvore apenas? A vida é conjunto. É equipe. Somos interligados queiramos ou não. Linda a sua reflexão, Antonio!
ResponderExcluirAbraço, Célia.
Temos que lançar um olhar amplo e abrangente, capaz de compreender o todo que é a vida. Olhar com a alma atemporal e colocar alma em tudo que fazemos, compreendendo que o todo e as partes se completam na grande engenharia do universo.
ExcluirObrigado Célia. Um abração.