Fina flor humana,
primorosa obra da natureza.
Não se presta a objeto,
de machista abjeto,
dejeto da estupidez.
Violência, eclipse da razão,
aberração da força bruta.
Covarde “argumentação”,
tacanhez absoluta.
Quem fere só desama,
maltrato desengana o amor.
Possessividade tirana,
artífice funesta da dor.
Homem de verdade,
não se faz cobarde espancador.
Carece travestir-se de “autoridade”,
quem traz emasculado ente agressor.
Desvirtuada masculinidade,
atávica perversão.
Sadismo da brutalidade,
anacrônico aleijão.
Para quem prefere pedregulhos à flores,
desentende, desatende à civilidade.
A lei e seus rigores!
Não à impunidade!
Mulher não é utensílio do lar,
acessório de cama e mesa.
Não é propriedade particular,
escrava ou submissa presa.
Laços de afeição,
não se prestam a emocionais algemas.
Sentimento não é prisão,
nem monturo de psíquicos dilemas.
Ao álcool ou outra droga não inculpe!
Apenas potencializam sua truculência.
À sua bestialidade não desculpe,
combata sua vil demência.
Postado aqui em 18 de fevereiro de 2013.
Dia internacional da mulher.
Lindo, Apon. Seria bom se alguns homens pudessem atentar para suas palavras. Um abraço!
ResponderExcluirInfelizmente a ignorância e a brutalidade ainda imperam em muitos homens que se julgam proprietários, senhores do destino das mulheres.
ExcluirObrigado Bia. Um abração.
Seu poema referência a agressão às mulheres é um grito de independência que todas deveriam ter. Demos passos incríveis para a nossa liberdade profissional, financeira, mas no 'amor'... no 'emocional' estagnamos. A luta pela nossa autoestima deve ser diária. Jamais transformarmo-nos em 'mulheres objetos'.
ResponderExcluirAbraço, Célia.
“A luta pela nossa autoestima deve ser diária. Jamais transformarmo-nos em 'mulheres objetos'”. Você disse tudo, tem que se combater diuturnamente a coisificação da mulher. A mulher precisa se respeitar e se fazer respeitar. Um exemplo de desrespeito, tem sido o “esgoto sonoro” de algumas musiquetas que reduzem a figura feminina a uma descartável bugiganga sexual ou uma “cachorra” no cio. Em letras e coreografias que fazem a apologia do sexo pelo sexo e a submissão feminina aos desejos masculinos. Agora mesmo, aqui na Bahia, uma dessas bandas que produz esse tipo de lixo, está sendo julgada por nove de seus integrantes terem estuprado duas adolescentes.
ExcluirObrigado Célia. Um abração.
Oi, António!
ResponderExcluirTudo bem?
Obrigada por sua visita e gracioso comentário.
Eu já sabia, que tinha postado, aliás, duas vezes, depois do meu último comentário, mas o tempo não abre mão.
O processo do coração já terminou e lá para 6ª feira, temos outro tema, se Deus quiser.
Ando às voltas, sim, com a escola, mas o ordenado não vem, pelo correio, ainda, sem eu lá comparecer, como você compreende.
Já? Dia Internacional da Mulher é só a 08 de Março. Bem, mas é para lembrar aos desatentos, que MULHER é pessoa (até me está custando escrever essa frase).
Em minha opinião, não deveria haver dia da mulher, porque todos os dias, são do homem e da mulher, só que o homem, não tem dia. Pobrezinhos de vocês, que estão sendo "discriminados".
MULHER É MÃE, ESPOSA, COMPANHEIRA, AMIGA, IRMÃ E AMANTE
Seu poema, de que muito gostei, retrata bem, a realidade.
Um dia, as coisas vão mudar, aliás, já estão mudando, só que a mulher nem sabe aproveitar as oportunidades.
Bom resto de dia.
Abraço da Luz.
Gústame este poema que defende ás mullleres. Deberíamos ser iguais e honestos todos os seres humanos, pero ás veces nos perde a ignorancia.
ResponderExcluirun forte abrazo Antonio.
Belos versos, Antonio! Destaco:
ResponderExcluir"Mulher não é utensílio do lar,
acessório de cama e mesa.
Não é propriedade particular,
escrava ou submissa presa"
Obrigada, pela homenagem!
Abraço.
Já passou da hora de se superar esse "jogo" tacanho de dominação. Coisa de dementado machista.
ExcluirUm abraço.