Falando sobre comportamento humano, tem gente que vive feito a pedra: Excessivamente rígida, contundente, inflexível, indiferente... Aparentando uma inamovível solidez. Há quem se assemelhe ao fogo: Inclemente, devastador, implacável... Avança atropelando tudo e todos. Uns e outros costumam acharem-se autossuficientes e inatingíveis, improvisando uma onipotência acima dos prosaicos mortais.
Mas, existe quem, como a água, aprendeu a contornar, encontrar brechas para transpor às pedras. Quando falta um caminho pronto, a água inventa o seu próprio caminho; infiltra-se e gota a gota, segue em frente. Paciente, insistente e persistente, ela vai aparando arestas, transformando e polindo a teimosa resistência das jacentes pedras. Pessoas assim, vão dia a dia reinventando o tal “jogo de cintura”, para abrir cânions, vales entre as pedreiras do cotidiano.
Diante do fogo, a água busca neutralizar, conter o combustível que alimenta as labaredas, debelando as egocêntricas chamas. Por vezes, basta uma “chuvinha”, para apagar um fogaréu. Água. Plácida, humilde, tranquila... Mas, se preciso: Veemente tempestade, convincente tsunami.
Para muitos é desnecessário, para outros, é sempre oportuno repetir a pergunta do título: Pedra, fogo ou água?
Dê uma espiadinha em nossas postagens mais recentes:
No momento, Antônio... sou mais Água...
ResponderExcluirAdorei a reflexão!
Abraço.
Temos um pouco de cada coisa, sabendo dosar com discernimento, prevalece o nosso melhor.
ExcluirUm abração.
Lindo post, reflexivo, acho que todos nós nos assemelhamos com todos esses elementos em algum ponto do caminho, mas com o tempo vamos aprendendo a sermos como a água, pois é, aprendemos a contornar, a achar brechas, a sair dos apertos que é inerente ao ser humano!
ResponderExcluirAbraços apertados meu amigo poeta querido!
Educando nossas porções pedra e fogo, nossa parte água, pode fluir com sabedoria.
ExcluirUm abração.
Olá, António!
ResponderExcluirQue pergunta inteligente, mas de difícil resposta!
Li, seu texto, e fiquei boquiaberta com a veracidade e lucidez do mesmo.
De facto, há gente assim: PEDRA, mas sabe há um provérbio cá, que diz: "água mole em pedra dura, tanto dá, até que fura".
Todos os comportamentos excessivos, têm, sempre, uma resposta pronta, rápida e bem direta.
Não sei responder à sua questão, mas ÁGUA, NÃO SOU, NÃO. Virginiana, água? Não, decididamente. Eu sou terra, toda terra, inteira, e de pés bem assentes nela.
Dias e noites bem felizes e coerentes.
Aquele abraço, bem terreno, da Luz.
Temos em nós um pouco de cada elemento, equacioná-los com sabedoria é o grande desafio do viver. O problema são as pessoas que se comprazem na sua porção pedra ou fogo. São personas intratáveis, que vivem se perdendo de tanto "se acharem". O ditado, aqui muda só uma palavra: "Água mole em pedra dura, tanto bate, até que fura".
ExcluirUm abração.
Belíssimos texto!
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