Brasil que mata e morre


Ilustração oficial do blog - Uma rosa vermelha na diagonal, sobre um fractal do por do sol, com o nome Apon em relevo, na parte inferior da imagem. #PraCegoVer

Aqui não tem pena de morte!

Mas tem morte sem pena.

Termina na bala,

acaba na vala...

Sina de quem nada tem e “nada é”!

Gente “invisível”,

míseros dígitos abatidos feito gado.

Tão diversos dos “imunes”,

impunes pelo poder ou pela grana;

acoitados nas brechas da lei.

Farta legislação, parca justiça,

injustiça tenaz!

Quem sonega,

quem só nega!

Achaca.

Cobra alto tributo e votação.

Eleitos;

Tantos Pilatos e tantos Judas,

Mandam ao “Calvário” muito mais que dois ladrões.

E sem um Cristo que rogue para nós perdão.

Eles bem sabem o que fazem!!!

Na “educação” que mata ideais,

na “saúde” que desassiste,

na “segurança” que desampara...


Resta-nos, cantar Cazuza:

“... Brasil!

Mostra a tua cara

Quero ver quem paga

Pra gente ficar assim

Brasil!

Qual é o teu negócio?

O nome do teu sócio?

Confia em mim”...


Antonio Pereira Apon.

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10 Comentários

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  1. Amigo Dilmar, sempre atual a música de Cazuza, incrível, nada muda e quando muda é para pior, infelizmente!
    Amei, ler, texto muito reflexivo, todos nós temos a nossa parte da culpa!
    Abraços e tenhas uma linda semana!

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    Respostas
    1. Olá, Ivone.

      Não sou Dilmar, mas obrigado pela visita e comentário. O Brasil só muda para melhor, quando o eleitor tomar consciência e nas urnas, promover uma desratização na política.

      Um abração.

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    2. Meu amigo querido Antonio, é a primeira vez que faço isso, troquei seu nome, me desculpe, li com atenção seu lindo poema/texto, mas como eu tinha feito visita ao Dilmar, fiquei com o nome dele na mente, bem sabes o quanto dou atenção aos meus amigos sempre queridos e estás entre eles!
      Abraços meu amigo e obrigada pelo seu amável comentário lá no meu espaço e fico feliz que tenhas me alertado, amigos verdadeiros dizem sim, isso muito me faz te respeitar ainda mais!

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    3. Sem problemas. Isso acontece. Apenas citei o ocorrido.

      Um abração.

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    4. Que bom que está tudo bem, meu querido amigo, sempre muito bom essa nossa amizade e interação!
      Abraços e boa noite!

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  2. Oi, Antonio!
    Belo! Muito belo!
    E triste! Triste realidade que engessa, amarra1
    Ânsia por um novo tempo, por um novo canto, uma nova cara de Brasil!
    Que tenhamos força para que essa mudança ocorra!
    Felicidades para você!
    Beijos!

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    1. Seu comentário me fez lembrar a música de Geraldo Vandré: "Quem sabe faz a hora. Não espera acontecer"... A força que precisamos, está em acordar a vontade de fazer um Brasil novo. Não precisamos de nenhum aventureiro, travestido de "salvador da pátria", partidário da trairagem. Já passou da hora de uma faxina política, de, com o voto consciente, varrermos todo esse lixo para bem longe.

      Obrigado e um abração.

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  3. Olá, querido António!

    Como vai? Sua filhota?
    Eu estou muito, muito cansada, porque estou tendo até 5ª feira, reuniões de avaliação de meus alunos, e por cúmulo, ainda sou "revisora", em algumas turmas de português. Eu aceitei essa tarefa de "revisora", portanto, é apenas, desabafo meu.

    Depois, irei descansar do real e do virtual, porque estou mesmo precisando.

    Ouvi o vídeo, onde você, poeticamente, fala, declama, denuncia e "grita" aos ouvidos dos governantes, e da sociedade, em geral, a situação dos meninos e meninas do seu país.
    Tem uma voz linda e muito jovial, lhe digo.

    É triste, mas é infelizmente verdade tudo o que você falou. A droga e a prostituição, são flagelos, que não conseguimos travar. COMO MUDAR AS COISAS?
    Que vida pensarão ter esses meninos e meninas? Tanto desparecidos/as, que há por aí...!
    Virgem Santíssima!

    QUE DEUS PONHA FIM A ESSA SITUAÇÃO, E A OUTRAS SEMELHANTES!

    Li, também, seu texto poético, mas, infelizmente, pouco ou nada lírico, que me fez pensar e repensar. QUANTA VERDADE, ELE CONTÉM!

    Dias felizes, mesmo vendo tanto infortúnio, e sem nada poder fazer.

    Aquele abraço.

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    Respostas
    1. Estamos bem. Me cansei só de lembrar meus tempos de escola. Gratificante mas cansativo.

      Gostei do "jovial", sobre isso postarei no final do mês...

      Quanto às postagens: Podemos fazer isso que estamos fazendo agora; discutindo, denunciando, se incomodando e usando a nossa arte para desmascarar tantas mentiras e mostrando a realidade escondida sob os discursos e a propaganda mais que enganosa dos governantes e outros tantos politiqueiros. Podemos tentar esclarecer aqueles que queiram, sobre a importância e a força do voto para um dia por fim em tantos descalabros.

      Esse mês rememoramos 50 anos do golpe militar no Brasil. Tempo sombril, de torturas e outras tantas perversas atrocidades. Os ditadores passaram, e como eles, passarão os "Pilatos e Judas" que hoje maltratam nossa gente, travestidos de bons moços. Muitos dos quais, "lutaram pela redemocratização" e agora militam no "banditismo" político. Hoje podemos falar, escrever, gritar... E eles se fazem de surdos. Mas, queiram ou não, tudo muda tudo evolui. Por enquanto, vamos lembrando aquela música do Chico Buarque, composta em plena ditadura, no auge dos "anos de chumbo":

      Apesar De Você
      Chico Buarque

      Hoje você é quem manda
      Falou, tá falado
      Não tem discussão
      A minha gente hoje anda
      Falando de lado
      E olhando pro chão, viu
      Você que inventou esse estado
      E inventou de inventar
      Toda a escuridão
      Você que inventou o pecado
      Esqueceu-se de inventar
      O perdão

      Apesar de você
      Amanhã há de ser
      Outro dia
      Eu pergunto a você
      Onde vai se esconder
      Da enorme euforia
      Como vai proibir
      Quando o galo insistir
      Em cantar
      Água nova brotando
      E a gente se amando
      Sem parar

      Quando chegar o momento
      Esse meu sofrimento
      Vou cobrar com juros, juro
      Todo esse amor reprimido
      Esse grito contido
      Este samba no escuro
      Você que inventou a tristeza
      Ora, tenha a fineza
      De desinventar
      Você vai pagar e é dobrado
      Cada lágrima rolada
      Nesse meu penar

      Apesar de você
      Amanhã há de ser
      Outro dia
      Inda pago pra ver
      O jardim florescer
      Qual você não queria
      Você vai se amargar
      Vendo o dia raiar
      Sem lhe pedir licença
      E eu vou morrer de rir
      Que esse dia há de vir
      Antes do que você pensa

      Apesar de você
      Amanhã há de ser
      Outro dia
      Você vai ter que ver
      A manhã renascer
      E esbanjar poesia
      Como vai se explicar
      Vendo o céu clarear
      De repente, impunemente
      Como vai abafar
      Nosso coro a cantar
      Na sua frente

      Apesar de você
      Amanhã há de ser
      Outro dia
      Você vai se dar mal
      Etc. e tal
      La, laiá, la laiá, la laiá

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  4. Fantástico seu poema, talentoso amigo!!!

    Retrato da triste realidade que vivemos, nos sufocamos, nos entristecemos, nos sentimos arrastados e presos... na forma de versos, adorei!

    Bom final de semana, beijos,
    Valéria

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