Cativo de minhas escolhas,
desacertos dos meus acertos;
cumpro minha pena de vida.
Minha alegria hoje triste,
rumina sorrisos dormidos,
lembranças de tempos idos,
descoloridos;
restos do que não restou.
Sobrevivo adormecido,
qual velho livro,
mero adorno na estante;
acumulando o pó dos dias não lidos,
onde jaz a tinta ressequida,
sepultada nas pálidas folhas dormentes.
Nessa cadeia insana,
Desatinada bolha nonsense;
não me infelicita a minha cegueira,
mas a de quem vê e não quer enxergar;
implica,
complica,
apraz-se em não simplificar.
Insulando,
isolando,
ditando das horas o andar.
Sem o frescor da brisa,
sem perfume de flor,
murmúrio de mar,
sem do sol o alvor.
Meu computador.
Janela que me resta,
empresta a minha poesia o voar.
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Olá meu caro,
ResponderExcluirum lindo poema! A cegueira não depende só dos olhos... Há tantas almas cegas por aí!
Grande abraço
Leila
Em seu poema Antonio, você nos contagia com seu olhar que vê, enxerga, e pontua-nos ações de dignidade e muita sabedoria de vida!
ResponderExcluirAbraços.