
Seu Nome: Trabalho.
Apelido: Sem tempo.
Adiava tudo:
Adiou o casamento com a mulher amada,
adiou o filho que pretendia ter,
seu curso superior,
a profissão na qual se realizaria,
aquela viagem sonhada,
a reconciliação com um parente afastado por um mal entendido,
a visita ao amigo distante,
o encontro com a turma do ensino médio...
Adiou assistir um show de Paul McCartney,
adiou tantas férias,
adiou os encontros familiares,
adiou a consulta com o cardiologista,
adiou o exame de próstata
aquela dieta receitada,
o largar o fumo,
a bebida,
o sedentarismo,
adiou as promessas de todo fim de ano.
Adiou, adiou, adiou...
Ontem ele morreu.
Não deu para adiar!
Dê uma espiadinha em nossas postagens mais recentes:
Essa é a única ação - vital que está sempre conosco - a morte - que nunca podemos "adiar"... Não temos esse poder! E, nem assim, assimilamos nossa finitude!
ResponderExcluirAbraço.
Vivemos iludidos, brincando de "senhores do tempo" até que a morte vem nos desiludir.
ExcluirUm abração e uma boa semana.
Oi, Apon, achei seu conto o máximo, perfeito para repensar essa época do ano! A hora da morte é implacável... não há como adiar, negociar, estender prazos. O que se faz hoje é o que levaremos conosco na finitude. Um abraço!
ResponderExcluirNão se deveria adiar a vida e a morte vem cobrar o alto tributo de nossos inconsequentes adiamentos.
ExcluirUm abração e uma boa semana.