Antes do gênero, do essencial e do efêmero;
da classe social, do rótulo racial, do nível cultural;
da escolaridade, da hereditariedade;
da opção sexual.
Ser humano!
Além da teologia, da ideologia, antropofagia;
da teogonia, da agonia nossa de cada dia.
Do diploma, do idioma;
da naturalidade, da nacionalidade, da ancestral idade;
do dilema, teorema, do poema;
da ascendência, da descendência.
Ser humano!
Acima do vício, do ofício, do ócio;
da moralidade, da dualidade;
da promessa, do que professa;
da menorá, da hóstia, do agdá...
Do tempo, do vento;
relógio, necrológio;
do que veste, do que despe;
heroico, paranoico;
erótico, caótico.
Ser humano!
Apesar do frígido, do fingido,
do trago, do amargo;
do porre, do que corre;
do aborto, do morto,
do incerto e do torto.
Da quadrilha, da partilha;
da mentira, da ira.
Ser humano!
Lógico e ilógico,
patético e poético,
pragmático e profético,
ecológico e predador.
Sábio e néscio,
luminoso e trevoso,
humilde e orgulhoso,
barulho, silêncio...
Ser humano!
Ser.
Humano.
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