A lama que escorre aqui ou o sangue derramado lá?
Mariana ou Paris?
Qual a maior dor?
A maior tragédia?
A nacional?
Tolo dilema de rede social.
Mundos avessos,
planetas à parte,
universo umbilical.
Gente diversa,
reversa,
humanidade condicional.
O culposo desastre,
o doloso ataque;
dor que dói igual!
Gente que sofre,
gente que morre,
desdita incondicional.
Desigual o preconceito,
seletiva solidariedade;
tanto dito e pouco feito,
dorida e trágica mediocridade.
Olá, António!
ResponderExcluirNão há palavras que possam descrever o que o mundo está sentindo com os acontecimentos trágicos em Paris, não há!
Conheço razoavelmente bem a maneira de ser e agir dos Árabes, me refiro aos do Norte de África, especialmente, e embora existam países mais liberais do que outros, a essência é igual em todos eles.
Por que fazem eles isto? Só vejo razões políticas e a cegueira, o fanatismo religioso nessas atitudes. Os Árabes não dão, genericamente, valor à vida, e morrer em nome de um deus cruel e chegar ao "Paraíso", onde não sei quantas mulheres virgens os esperam, é coisa suprema. Nesse caso, nem podemos falar em mudança de mentalidades, porque creio que elas são genéticas.
Gostei muito do teu poema, António, porque consegues, e sem te perderes em devaneios, como eu faço, "pôr o dedo na ferida", como aqui se diz. Mediocridade, acho insuficiente a palavra, mas não sei que substantivo ou adjetivo empregar em casos desses.
Agradeço seu comentário e que comentário lá no blog. Deixei lá uma observaçãozinha na resposta.
Boa semana, "menino"!
Abração, aquele!
A grande questão, é que toda vez que religião e política se relacionam mais intimamente, a coisa desatina. Misturar interesses materiais com espirituais termina sempre em desastres; foi assim com a inquisição, é assim no confronto entre israelenses e palestinos, católicos e protestantes na Irlanda do Norte, nessa coisa do "Estado Islâmico" e um processo parecido, pode estar acontecendo com algumas seitas (ditas evangélicas), que evocam para si o monopólio de Deus e da "salvação", pregando a alienação e induzindo ao fanatismo, enquanto espicham seus tentáculos em aventuras políticas e politiqueiras. Precisamos estar muito atentos para coibir o absurdo que seria um "Estado Cristão".
ExcluirEsse atentado, não é apenas à França ou à Europa. Atenta contra o estilo de vida ocidental, a democracia, a liberdade de expressão e de escolha, a cidadania, a civilização e mesmo contra a humanidade.
A mediocridade de que tratei é a dos idiotas que estavam criticando nas redes sociais, aqueles que se solidarizavam com os franceses. Segundo eles, "os franceses não se solidarizaram" com as vítimas da ruptura da barragem na cidade de Mariana, provocando um desastre ecológico e humano. Esses imbecis andam querendo qualificar e quantificar a dor e a tragédia que devem nos unir e não levantar querelas inúteis, fúteis e descabidas.
Enfim, estamos precisando de gente melhor. A humanidade anda tão mal frequentada...
Gostei da sua réplica lá no meu comentário, tomara que dê em nova poesia.
Um abração, menina.
Oi, "minino"!
ExcluirTudo bem?
Você sabe que eu não entendi, quando li teu post, a relação entre os atentados de Paris e a cidade de Mariana, porque desconhecia o que tinha acontecido aí e cidade com nome de pessoa, não conhecia, até então. Observei a imagem k você colocou, uma menina chorando, bem, mas estava no contexto, mas só depois e a propósito da leitura que fiz num blog brasileiro é que percebi a ligação. Olha que não sei qual é pior! É o chamado "embaraço da escolha". Que Deus me perdoe o que estou dizendo, agora!!
Você tem razão essa "Humanidade anda mal frequentada".
Pode ser que eu consiga escrever alguma coisa com topografia sentimental, mas não posso te prometer nada. Ah, se eu fosse política te prometia esse mundo e o outro, assim, só te posso prometer, se Deus quiser, que irei continuando a escrever.
Sonhos felizes, pelo menos, já que acordados temos, por vezes, pesadelos.
Abração, garoto!
Tive um problema na internet, depois, terminei esquecendo de responder.
ExcluirEu esqueço que tenho amigos e leitores internacionais. Termino escrevendo como se fosse para dentro do Brasil.
A humanidade precisa melhorar e muito, sair da órbita do próprio umbigo.
E que venha a poesia!
Um abração, garota.
Vivemos um Planeta doente e de difícil tratamento, pois é o humano contra toda espécie de vida: animal, vegetal, mineral - um diagnóstico inconcebível. No momento de tanta tecnologia, descobertas científicas e tais ... é um absurdo termos alerta face a um eventual colapso do sistema-vida, ameaçando o próprio futuro da espécie humana! É o HUMANO X o HUMANO! Bestial, por excelência!
ResponderExcluirAbraço.
É o homem atentando contra tudo, inclusive contra si mesmo. Triste inconsciência, leviana inconsequência.
ExcluirUm abração.
Para quem acha que os atentados em Paris é problema dos franceses. Um trecho do poema de Eduardo Alves da Costa (equivocadamente atribuído ao russo Vladimir Maiakóvski):
ResponderExcluirNa primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
[...]"
Ou ainda como nesse escrito atribuído ao pastor luterano Martin Niemöller:
“Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar”.
BURRICE E ESTREITEZA MENTAL, ANTÓNIO!
ExcluirNão é problema SÓ dos franceses, é de todo o mundo.
O poema mostra como ficamos quando nos vão decepando, pouco a pouco, até que já nada mais exista.
O escrito mostra e bem o desapego que temos uns em relação aos outros, malheuresement.
Fique bem e em paz!
"Amar ao próximo como a si mesmo". 2015 anos e ainda não aprendemos. Até quando?
ExcluirUm abração.