Fim de tarde...
Adormecer da lida, adormecida a vida,
Bate o ponto, quem tem ponto pra bater,
Vai pra algum lugar quem tem um ir nalgum lugar.
Quem não tem?
Vai ficando por aí;
no caminho desses descaminhos,
nas sombras que vestem a paisagem,
na realidade que despe a cidade.
Etílicas sarjetas,
ébrios motoristas,
trôpegos destinos.
Travestis e prostitutas na labuta,
na “luta” traficantes e ladrões,
vidas rotas,
rotas tortas,
usuários e afins.
Um cadáver na esquina,
noutras outros cumprindo sua sina.
Sirenes do SAMU,
giroflex da Polícia,
soturnos rabecões.
Restos de “ninguém”,
sobras de “alguém”,
Garis varrendo a madrugada
Manhã...
Despertar da lida, desperta a vida,
Bate o ponto, quem tem ponto pra bater...
Oi Antonio!
ResponderExcluirComo diz a música, "Todo dia ela faz tudo sempre igual...
"despertar da lida, desperta a vida!
Há de despertar!
Beijo carinhoso, feliz semana!
Que despertem políticos melhores, eleitores melhores, uma melhor sociedade, mais cidadã e sobretudo, mais humana.
ExcluirUm abração e bom recesso carnavalesco.
Não tenho nada de novo no meu blog, é verdade, mas eu sinto falta das tuas palavras e tenho saudades, e por esses motivos, aqui estou!
ResponderExcluirOlá, António, o bonitão da Bahía (meus óculos em meia-lua estão atualíssimos em matéria de graduação. Não invente!)
Tudo bem? Aqui, tudo satisfatório e nesses dias até tem havido por aqui sol para aquecer corpo e alma.
Li teu poema, de fim de tarde, escrito com muita imaginação, e a vida é essa "coisa" de ter de "bater", aqui falamos marcar o ponto. Tudo tem hora. Que coisa, hein! Olha, mas eu acho que para muita gente se não houvesse "bater" ponto, viraria anarquia. Não sei se levantar ao meio-dia, almoçar às 16/7h e enfim jantar, quando desse a fome e quando os outros fossem dormir, não sei, repito, até que ponto seria bom e "marginal".
Temos que experimentar! É melhor! Olha, para a semana estou de férias, ah, então vai ser "só" desregrar.
Dia feliz e aquele abraço!
Sempre que a inspiração ou os acontecimentos pedem, estou aqui postando. Também fico saudoso de ler novas postagens no “Ausente do CÉU”.
Excluir“bonitão da Bahia”??? Bem, se o problema não é oftalmológico. Há de se investigar, esse tipo de delírio não pode ser menosprezado. Rs rs rs...
Apesar das pragas políticas e do mosquito da dengue, Zica e chicungunha com sua “competência diametralmente oposta a do (des)governo brasileiro. Tudo vai bem.
De fato, o controle e a disciplina são importantes e salutares, dormir demais e demasiado ócio é coisa de vagabundo. Contudo, trato no poema: Dos desempregados, dos sem lar, dos desassistidos pela farsa das políticas sociais, dos marginais de ofício e dos marginalizados pelo descaso das autoridades e da sociedade. Gente “invisível” que vira fria estatística na insegurança pública brasileira, que mata mais que os conflitos na Síria e outras guerras. São dezenas de cadáveres por noite (e mesmo de dia).
Aí as férias começam quando terminam as daqui. Na quarta postarei um poema falando do “ano novo”, que no Brasil, de fato, só começa na quarta-feira de cinzas.
Um abração.
Desenhou-se em minha mente seu texto tão realístico, Antonio...
ResponderExcluirÉ a vida de muitos "invisíveis": sem ponto para bater, ou ponto para morar...
Como é penoso o abandono social!
Abraço.
Enquanto isso, triplex e sítios são presenteados e reformados por empreiteiras mãezonas para gente que nunca faz ou sabe de nada. E vai aumentando os desempregados, os marginalizados, os filhos da farsa politiqueira, os descartáveis "invisíveis".
ExcluirUm abração.
Antonio, meu querido amigo, aqui estou novamente depois de umas deliciosas férias curtidas junto aos familiares. Ah, que coisa boa é poder descansar o corpo quando o estresse nos alcança, refrigerar a alma quando nos sentimos desenergizados, alimentar o espírito na contemplação de novas paisagens, na convivência com outros povos, ah, como isto é bom! É como se fugíssemos um pouco dessas mazelas todas que assolam nosso país, desta rotina da qual falas com tanta precisão... E fôssemos respirar a vida salutar dos países desenvolvidos economicamente, de cultura aprimorada e, principalmente, de respeito ao próprio povo, com governantes interessados no bem estar da população, com educação de primeira, atendimento qualificado na saúde pública, política social abrangente, segurança pública de verdade onde o cidadão não precisa temer nem bandidos nem polícia... Enfim, meu amigo, ares de uma vida digna para a população que sabe respeitar as autoridades, as leis, e defender os valores de moral e honestidade, porque possuem exemplos que vem de uma administração realmente interessada no bem estar comum. Aqui, para nós, apenas uma utopia!
ResponderExcluirTeu poema belo e simples, de versos que nos tocam o coração pela crueza da verdade.
Quero dar um VIVA aos Agentes de Defesa Ambiental, guardiões zelosos de nosso meio ambiente ainda tão carente de suporte e de conscientização por parte das pessoas que poderiam fazer muito mais por uma real preservação.
Enfim, meu querido, que possamos caminhar juntos neste mundo blogueiro nesse 2016, onde realmente começa o ano por aqui (risos). Que seja um ano de muitas realizações para ti, de muitos sonhos não apenas esboçados, mas com a marca da concretização.
No aguardo da próxima postagem ficam sorrisos a brincar entre as estrelas do meu carinho,
Helena
Um dia chegaremos lá, a "utopia" cederá à realidade cidadã e das urnas, sairão leais e reais representantes de um povo educado, seguro, feliz e são. Um dia, seremos um país de verdade, diverso dessa republiqueta de faz de conta e tantas farsas. Sobre: "onde realmente começa o ano por aqui", já programei para a quarta de cinzas uma postagem sobre esse nosso "ano novo" pós carnavalesco. Obrigado pela visita e comentário, que esse ano seja bom para todos nós e de nossos Blogs, possamos semear coisas boas e construtivas.
ResponderExcluirUm abração.