paisagem de concreto e aço;
beijos e abraços,
contidos em perfis de vidro.
Lá fora:
Multidão penitente,
máquinas e gente;
tráfego das horas,
trânsito dos dias…
Ricos escritórios,
pobres fábricas;
operários em risco de morte,
empresários apostando a sorte.
Esquerdóides autistas,
esquizofrênicos direitistas;
crise de verdade,
golpe de mentira,
inverdade tão em voga.
Social de mãos postas,
capital cerrando os punhos…
Transbordam as periferias,
eclodem os guetos;
endêmica violência,
pandêmica insegurança.
Fora dos carros blindados,
dos condomínios fechados,
das grades,
da fantasia indoor…
Rotas tortas nas sinaleiras,
o poder do tráfico,
o onipresente trágico.
E a lama escorre dos palácios!
Pra lamento,
o parlamento legisla em causas impróprias,
o povo toma partido do seu despartido,
elege algozes para o “salvar”.
Populista desgraça,
socialista farsa,
realidade em outdoor.
Aos amigos queridos: deixei um pequeno mimo no meu blog como agradecimento por toda a solidariedade que recebi nestes tempos tão difíceis.
ResponderExcluirQuando puderem, por favor, passem por lá!
Meu carinho a todos!
Helena
Não somos ilhas e na interação fraterna da vida, vamos fortalecendo uns aos outros na superação dos momentos difíceis. Obrigado pela generosa e belíssima homenagem em sua página: http://helena.blogs.sapo.pt/homenagem-aos-amigos-de-a-a-e-65466
ExcluirUm abração. Bom fim de semana e força sempre!
Realista seu post, Antonio!
ResponderExcluirFechamo-nos em grades, condomínios, visualizamos tudo no virtual... O humano? Se não nos convier... deletamo-o!! Nossa visão de mundo fica muito comprometida, pois sinalizamos apenas o outdoor que nos agrada.
Abraço.
Sobrevivemos atidos na ilusão indoor, enquanto a realidade nua e crua, pulsa no outdoor de um dia a dia que preferimos ignorar.
ExcluirUm abração e uma boa semana.
Olá, querido amigo António!
ResponderExcluirTudo bem? Aqui, também, graças a Deus. Cheguei, hoje e decorreu tudo bem.
Vou te plagiar! Que pedrada - palavra derivada da palavra primitiva pedra + o sufixo "ada" - no charco (risos)! Já sabes quem plagiou teu poema? Provavelmente, muitos, como creio que já me disseste.
Tu és perito em escrever sobre a sociedade, sobre as realidades nefastas desse nosso planeta, de forma irónica e mto inteligente. Enfim, vivemos no faz de conta e quase tudo é fachada.
Resumindo, há crise de valores e bons costumes, mas não de smartphones, carros de luxo, apartamentos luxuosos, etc.
Um abracinho bem florido. Aqui, o tempo já começou a arrefecer.
PS: gostei da foto. Que cidade representa?
O meu poema A pedra já apareceu de tudo que foi forma, até como sendo de Fernando Pessoa. Pode? Coisa de internet. No mais, tudo bem, tudo certo; a vida segue sem maiores sobressaltos.
ExcluirA realidade surreal do Brasil é um manancial de inspiração. Esse circo de horrores político-social dá "pano pra mangas" como diz o povo.
Quanto à foto. Não sei de onde é.
Um abração.