A vida é o que fazemos dela,
feia ou bela;
é o que há!
Entre a calmaria e a inquietude,
do berço ao ataúde,
vão lições a aprender.
Tudo em seu fluir ligeiro,
transitório e passageiro,
tempo que não cansa de correr.
E a procissão desiludida,
roga a Santa preferida
um motivo pra sonhar.
Pobres ricos e ricos pobres,
perecem plebeus e nobres,
todos contas a prestar.
Nas “Sagradas Escrituras”,
mil promessas de venturas
para o Pai provisionar.
Ressuscitando ou reencarnando,
seguem todos almejando
sua gleba de infinito.
Com a morte à espreita,
segue-se na senda estreita,
estar aqui finito.
Quando falta muito e pouco farta,
quando a esperança enfarta,
só a fé para acudir.
Fundamentalistas cretinos,
Vendilhões ladinos,
loteando utopias no “Céu”.
Jesus Cristo que nos valha!
E o Deus que nunca falha.
Nos ajude a discernir.
Que em nossa hora extrema,
não reste qualquer dilema;
vida eterna a prosseguir.
Olá, António!
ResponderExcluirUm belo poema, onde se espelha, de forma bem atilada, o que é essa vida, o que dela fazemos e o que é essa "coisa" chamada morte, por onde todos passaremos.
Significativa e expressiva pintura. Parabéns!
Tudo de bom!
Vida e morte, são as duas faces de uma só moeda. O existir. Nossa breve passagem terrena e a infinitude espiritual que imortaliza a essência humana. Infelizmente, ainda temos uma visão acanhada, equivocada do viver e seus fenômenos, sobrevivendo entre medos e fantasias pueris.
ExcluirUm abraçãozinho.
Oi Antonio!
ResponderExcluirVivemos alheios a finitude! A morte é tabu, ninguém ousa falar, quanto menos estar preparado.
Enquanto isso passamos por aqui, eis nossa preciosa vida, mais ou menos!
Beijo carinhoso!
Grande parte das pessoas foge do assunto, como se assim pudessem retardar ou evitar. Precisamos aprender a encarar a morte, como um processo natural da vida. Termina-se sofrendo demasiada e desnecessariamente. A vida continua.
ExcluirUm abração e bom fim de semana.