Não, não é a França, conto infanto-juvenil, nem enredo de escola de samba. É a surrealidade brasileira, onde o errado costuma ser o certo, o pretenso certo, incerto e indefinido. Onde a verdade é desimportante e a realidade relativa. Desmentido, desmoronado o castelo de cartas do “País das maravilhas”, destronada a rainha aloprada, seus súditos/devotos, persistem, insistem na ladainha de Chapeleiro louco, na arenga esquizofrênica do coelho branco que se repete, repete, repete… Repetem velhos bordões e bravatas, repetem desordenadas “palavras de ordem”, repetem, repetem, repetem… Será para virar verdade?! Ou para se autoconvencerem? Só Joseph Goebbels para explicar. Aliás, só mesmo o marqueteiro nazista para justificar o que aconteceu e acontece em nossa politicagem.
Ideologias confusas e exóticas ao modo do Gato de Cheshire, aparecendo e desaparecendo conforme a conveniência de seu enigmático e desmedido sorrir. Feito os jegues, quando podiam desfilar na lavagem do Bonfim, políticos seguem, sujando e andando para o povo, sem qualquer preocupação com a opinião pública ou publicada. Seguem com sorrisos arreganhados de carniceiras hienas, cínicas e debochadas. Que importam os figurões já presos? Os outros tantos implicados, cada vez mais complicados? … O autismo deliberado, segue apostando na impunidade e no “jeitinho” desse país insano.
Desgraças saltam da escancarada “caixa de Pandora” tupiniquim, onde nem mais a esperança se consegue conter. Mas, enorme parte da população Pollyanna, já cansou do “jogo do contente”, descontente com o velho “pão e circo”; circo vagabundo e o pão que a política teima em tanto amassar. Insegurança endêmica, pandêmica deseducação, parca saúde e farta desdita; crise, desemprego, incerteza...
Atos escapistas e hipócritas de autoridades sem autoridade que pouco resolvem e muito penalizam a sociedade. Despropósitos, excessos e abusos de quem legisla e executa em causa própria, na imprópria postura de desgovernar, nos lembrando Maria Antonieta e seu suposto dito: "Se o povo não tem pão, que coma brioches!". Ela, literalmente, perdeu a cabeça! E vocês?!
Alice só quer voltar para casa. O brasileiro quer apenas o seu Brasil. Dá para ser? ...
António, meu querido amigo!
ResponderExcluirTudo bem? Calor, por aí. Aqui, muito frio e hoje choveu imenso.
"Alice no País das Maravilhas", essa história eu conheço, mas a de Pollyanna, tive de ir pesquisar. Bonita a atitude dessa menina, transformando tudo o que é ruim, é bom. Não aprendi, ainda, a fazer isso, não, nem sei mesmo se aprenderei.
Mas, Pollyanna também é nome de comédia e de uma vila. É isso?
Teu texto está mega bem escrito, incide sobre a realidade brasileira, mas vocês, os do bem, são umas centenas, e os outros, os do mal, que são uns milhões, fazem o que lhes apetece, porque quase não há regras e me disse um blogueiro brasileiro que os presos ganham mais do que alguns que trabalham, honestamente, portanto, "todo o mundo" comete um delito e zás, dinheirinho em caixa.
O Povo quer sempre muita coisa, embora eu saiba que em qualquer país há sempre gente muito pobre, vivendo em casas sem condições, mas o Brasil (me desculpa) tem o carnaval, o futebol e as "mulheres" e isso lhe basta.
As "Marias Antonietas" já não existem, porque o mundo mudou, infelizmente, em muitos aspetos para pior.
Abracinho e bom fim de semana.
Aqui está um calor dos infernos! São Pedro acendeu a fornalha e esqueceu de desligar. Kkkkk...
ExcluirVamos por partes:
O "jogo do contente" até certa medida é virtude. Mas, quando passa do limite, vira alienação, o tal "complexo de Pollyanna". Muitos já venceram essa fase, mas, outros tantos seguem voluntariamente iludidos.
Não é que o preso "ganhe". É que se gasta mais com um preso do que com um estudante da escola pública. E o pior, apesar de todo esse gasto, as prisões são verdadeiros chiqueiros infectos e insalubres, verdadeiros depósitos de gente. Não recuperam ninguém e ainda são dominados por facções criminosas.
O brasil é uma piada pronta e de péssimo gosto.
Quanto a Maria Antonieta, a usei aqui como metáfora aos politiqueiros, que como ela, vivem fora da realidade, debochando do povo. Mas, como a dela, um dia as cabeças deles hão de rolar.
Agora findo, acordei com três textos com temas e estilos diferentes para escrever. Está tudo misturado em minha cabeça. Maluquice de escrevinhador. Rs rs rs...
Um abraço e bom fim de semana.