Tenho fome de pão e de circo.
Bem mais de realidades!
Tenho fome das inéditas verdades,
das promessas descumpridas,
das mentiras mal ajambradas.
Tenho fome de uma cidadania cidadã,
de uma justiça justa,
de uma constituição menos ficcional,
de uma ficção menos constituída,
uma república republicana,
representantes que nos representem,
democracia democrática…
Tenho fome da Mátria feita madrasta,
da pátria, abusada qual prostituta,
do seu povo, tratado como filhos da outra.
Tenho sede do suor e sangue da labuta,
da esperança e da luta,
de acreditar no melhor.
Tenho sede da dignidade e da ética,
da moral e da estética,
de uma igualdade real.
Tenho fome e sede de morte!
Morte da corrupção peçonhenta,
da enganação pestilenta,
da republiqueta venal.
Da politicagem sacana,
de bandido posando de bacana,
da desmoralização nacional.
Dos Esquerdóides farsantes,
direitistas dissimulados,
centristas demagogos…
Fora TODOS vocês!!!
Parasitas, cafetinas e gigolôs.
Tenho fome e sede de ser brasileiro!
de recuperar nosso orgulho,
superar tanta vergonha,
vencer a desvergonha de vocês.
Dignidade já!
Olá, António
ResponderExcluirEste seu texto poético é um verdadeiro grito de revolta, cheio de força.
Reflecte uma vontade indómita de mudança, comum a muitos de nós, insatisfeitos que estamos com quem nos (des)governa.
Infelizmente não creio que este novo ano traga grandes alterações...para melhor, quero eu dizer...
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
O pior é que não há perspectivas reais de melhoras, nossa política foi transformada em um grande esgoto ideológico, e a falta de alternativas se afirma dia a dia. Triste Brasil.
ExcluirUm abraço.
António, Virgem Santa! Você, hoje, "tá" "impossível"! Tanta "fome" e "sede" que você tem! Mas, "num" vai embora, não, que eu dou (a) pra você um bocado de pão e um copo com água ou dois (rs).
ResponderExcluirMas, minino, tu agora és capaz de comer até "pessoas" (rs)? É que a pintura, em baixo, toda entrosada... ah, nada disso. Se refere, julgo eu, ao Modernismo Brasileiro, aquela corrente literária, que não sei, exatamente, o que foi. Se estiver errada, me esclarece, por favor!
Fantástico poema, onde pões tuas raivas e vontades a nu, mas, como eu sempre digo: "Pra grandes males, grandes remédios" e tu já sabes qual o "medicamento", que eu "prescrevia", né? Pronto, eu sei, tu não gosta(s) nadica!
Bem, o que vale é que a música é bem serena e talvez ela faça "derreter" você. Quer dizer, a seguir a um "Devaneio", vem essa "tempestade" literária. Sim, eu sei, que os opostos se atraem.
Adorei ler o que tão bem escreveste, mas esse país e outros, só têm jeito, de um jeito que eu cá sei (rs).
Beijinho na face ruborizada pra acalmar.
O Brasil está cheio de fomes e sedes impublicáveis, diante dessa corja que desgovernou e desgoverna o país. Rebanho de... ... ... E não adianta ditadura, aqui é tudo uma bandalha só. Quanto à pintura, é isso mesmo, o movimento antropofágico, algo como engolir coisas de outras culturas e recriar de um jeito nosso.
ExcluirMas, mudando de humores, acabo de postar algo mas sereno e reflexivo: http://www.aponarte.com.br/2017/01/um-jardim-mas.html
Um abraço.