Aquele milionário tinha verdadeiro pavor da morte, supersticioso, impressionável e já superlativamente impressionado com um recorrente sonho, no qual se via caído em meio a uma poça de sangue. Resolveu consultar uma renomada vidente, famosa pelos acertos na maioria de suas predições. Sem ser informada dos sombrios pesadelos dele, a moça segurou as mãos do ricaço, se concentrou e confirmando os temores do sujeito, profetizou:
- O senhor corre um sério risco de vida, não consigo saber se um atentado, um assalto… Vejo-o gravemente ferido, caído numa poça de sangue…
- Essa imagem tem atormentado meu sono a dias! O que posso fazer? Como evitar isso? Eu não quero morrer! …
- O senhor precisa atentar para sua segurança e a de quem está ao seu redor. Cuide dos detalhes, preste atenção nas mínimas coisas, assim poderás driblar esse infortúnio…
Apavoradamente paranoico, trocou seu carro blindado por um ainda mais reforçado, contratou os melhores e mais caros guarda-costas, gastou uma fortuna com os mais modernos dispositivos de vigilância e todo tipo de bugiganga que oferecesse alguma promessa de proteção. A casa, as empresas, tudo e todos eram monitorados vinte e cinco horas por dia, oito dias por semana e reuniões quase diárias tratavam da segurança. Num desses encontros, o encarregado de manutenção da sede do conglomerado empresarial, alertou:
- Senhor, temos percebido algumas fissuras no revestimento da fachada do prédio, seria bom pensar numa troca…
- Estamos aqui para tratar de coisa séria! Você vem me incomodar com um detalhe besta desse?! Eu lá estou preocupado com revestimento nenhum! ...
Poucos dias depois, cercado de seguranças o atemorizado empresário chegava para mais um dia de trabalho, quando um pedaço da fachada se desprendeu o atingindo com gravidade, materializando os nefastos presságios.
Pois é, como diz aquele ditado: “Tem gente que engole um boi e se engasga com um mosquito”. Cuidado! Não menospreze o “detalhe”, pode não ser tão insignificante.
Postado aqui em 29 de maio de 2017.
"Pobrezinho" do ricaço, Tonico (rs)!
ResponderExcluirEu não acredito em bruxas, mas que as há, há, como dizem os espanhóis.
Pormenores têm muita importância, embora muitos julguem que não e teu texto bem que nos mostrou e reforçou essa ideia.
Eu sou toda pormenor e pelo pormenor. Um sinalzinho no rosto, no corpo, uma covinha na face, ah, pra mim, é o "paraíso".
"Détail" entre aspas. Muito bem! C' est un mot français, que aportuguesaram, sobretudo vocês. É o chamado estrangeirismo. Tôu ensinando Português pra você (rssssssssssssssssss)!
A pintura de Courbert é linda e o moço, que está ferido e tombado no chão, tem um rosto de Apolo. Apetece ressuscitar (rs). Como é que se faz quando uma pessoa está desmaiada e a gente quer que ela volte a si? Sabes? Massagem cardíaca e que mais (rs)?
Ora, e agora, o respetivo abraço, porque estás longe de mim (ai, não me "apertes" tanto, António, pois minha cervical, dorsal e lombar estão muito fraquinhas e doendo -rsssssssss).
As "pequenas coisas" costumam levar às grandes e um insuspeito "detalhe" pode fazer toda a diferença. Vidente não é necessariamente bruxa, é certo que muitos, ditos, videntes não passam de picaretas desavergonhados. Mas, há médiuns sérios e capazes, que usam sua mediunidade para ajudar seus semelhantes e não para auferir lucros.
ExcluirInfelizmente, o rapaz da pintura, já está morto a mais de um século, não tem ressuscitação que dê jeito. Rs rs rs... O sujeito já deve até ter reencarnado! Rs rs rs...
Como já disse: Purtugues nois ja sabe. Agora nois qué aprendê ingres, flanseis...
Meu abração já virou um comedido abraço, suave e breve. Bom dia.
Olá Antônio, boa noite! Vim agradecer sua visita e por seguir o blog da biblioteca Madre Ódila. Seja bem vindo! Muito saber que um professor, segue e aprova as postagens. Seu blog é maravilhoso, postagens importantes, pena que não estou encontrando como seguir. Sou nova na blogosfera, mas com certeza adicionarei no favorito. Abraços fica na paz de Deus.
ResponderExcluirObrigado pela gentileza, Elza. Voou providenciar o gadget de segdores.
ExcluirUm abraço.