Trata-se do mito grego, no qual, a deusa Palas Atena, equivalente à romana Minerva, preside o julgamento do mortal Orestes. Sendo Minerva a deusa da sabedoria, o voto de Minerva refere uma escolha sábia, certa, justa, coerente...
Segundo Ésquilo, tudo começou quando Agamenon ofereceu sua filha em sacrifício aos deuses, no intuito de vencer a lendária Guerra de Troia. Furiosa com a morte da filha, e influenciada pelo amante Egisto, sua esposa Clitemnestra, o assassinou. Como vingança pelo homicídio do pai, Orestes matou a própria mãe e o citado amante.
Conforme a tradição, crimes cometidos contra os seus eram apenados com a morte pelas demoníacas Erínias, que tratavam o matricídio como o mais grave e imperdoável de todos os crimes. Apelando para Apolo, Orestes passou a contar com o Deus como seu “advogado”, conduzindo o julgamento para o Areópago, uma espécie de supremo tribunal, conselho que se reunia ali na Colina de Ares, ao nordeste da Acrópole em Atenas. Na acusação, três Erínias (Tisífone (Castigo), Megera (Rancor) e Alecto (Infindável)), ficando Atena/Minerva a presidir o julgamento. Tendo terminado em empate a votação do júri composto de doze cidadãos atenienses, coube a Atena/Minerva decidir. O que fez, declarando Orestes inocente, no que foi considerado o 1º julgamento da história.
Por aqui, como tudo se subverte, vez ou outra, graça uma versão tupiniquim do mito: O voto de me enerva. Longe de solucionar dilemas de forma sábia, honesta, ética… Exalta a conveniência, o “jeitinho”, interesses quase sempre inconfessáveis, atentando contra a realidade, a verdade e a justa justiça. Acordando a sensação de que o crime até pode compensar, que “os fins justificam os meios” e que impera um velho axioma: “Para os amigos, tudo. Para os inimigos, a lei”.
Esqueceu que isso aqui é Brasil? Queria o que?! Seriedade?!