Quem disse que a morte é um fim? A vida segue numa outra dimensão. Recomeço, novo começo; navegar no espaço-tempo para aportar no infinito, onde o eterno se explicita em encontros e reencontros. Para trás, os instantes doridos, os momentos sofridos, sob as pegadas dos passos deixados nessa Terra; as lágrimas que entristeceram a alegria. Em frente, colher nos braços os abraços furtados, adiados. Recolher a floração do bem semeado, das palavras benditas, das emanações de amor. E ali mais em frente, ver a felicidade ressorrir, ressurgir qual uma Fênix sobre as cinzas de todas as dores passadas.
Somos todos passageiros nessa viagem sem fim, partilhamos um caminho, mas, a cada um seu caminhar. Quem se adianta nessa jornada, se deixa saudades, é porque conseguiu passear pelos corações, criando laços de bem-querer, lembranças vividamente impressas na retina da memória.
Assim seguimos no tempo de Deus e de cada um de nós. Não, não há adeus! Um até… Até algum dia… Até sempre!
Homenagem a nossa saudosa amiga blogueira Leninha.
Eis o último comentário de leninha, postado aqui.
Helena Medeiros Helenadomingo, 9 de julho de 2017 18:43:00 BRT
Meu querido, eu não poderia entrar numa nova etapa de vida sem vir aqui te agradecer por este tempo bonito, apesar de não tão extenso, em que tive a honra de receber tuas visitas e em que pude também apreciar a tua esplêndida escrita através deste espaço.
O tempo agora me é curtinho... Por isso quero desejar que a tua vida seja sempre abençoada, iluminada, e com infinitas possibilidades de continuar com as tuas criações tão preciosas.
Que tudo te sorria! Que tudo te seja pleno! E que nos teus sorrisos tu possas criar estrelas que se transformarão em versos, em prosa, e que no decorrer das tuas horas o Pai possa colocar as benesses que o teu coração merece.
Tenho um respeito enorme por ti!
Meu carinho num afetuoso abraço,
Leninha
Antonio, como eu gostei da sua mensagem para a nossa Leninha, ficou muito bonita e expressiva.
ResponderExcluirApesar de não pensar muito no 'após morte', e confesso que seja por medo, eu acredito que existe uma outra dimensão para onde somos encaminhados. Não gosto de crer que esta vida terrena seja um princípio, meio e fim, que nada existe depois que falecemos, mas como não me aprofundo muito no tema não posso explicitar mais. Sei que gostei muito do que você falou, tocou-me o coração, principalmente porque se refere a 'minha menina' e tudo isto me emociona e me enternece. Por isso, Antonio, agradeço de coração pela sua homenagem, e com certeza a Leninha também se emocionou, pois era uma pessoa muito sensível e ficava imensamente grata com tudo que faziam por ela. Ela dava valor a tudo, a qualquer palavrinha de afeto, qualquer gesto de carinho, ela ficava enternecida.
Como você bem disse, " não há adeus! Um até… Até algum dia… Até sempre!"
Agradeço de coração por suas palavras e deixo um abraço cheio de afeto pra você.
Verinha
De fato, essa nossa vida não é o princípio nem o fim, não é o meio, é um meio! Caminho de nossa evolução rumo ao infinito. Somos espíritos, seres imateriais, momentaneamente vivendo uma experiência material. O medo é fruto da apercepção dos nossos sentidos terrenos, incapazes de ver além do horizonte tempo-espacial. Mas, com certeza, a vida segue e seguiremos todos para além daqui. Um dia reencontraremos nossa amiga e outras tantas pessoas queridas que nos precederam na grande viagem, não da morte, mas, da vida.
ExcluirUm grande abraço para ti também, Vera.
Segue essa reportagem interessante sobre vida após a morte:
https://www.youtube.com/watch?v=tjNd44u_sNA
Oi, António!
ResponderExcluirNão sei quem disse que a morte era o fim ou não era, mas o que conta pra mim são os momentos vividos em vida com quem parte, na realidade ou no virtual.
Gostei muito do texto/homenagem dedicado à Leninha e tão bem escrito por ti. De facto, estamos na terra de passagem, mas para onde vamos e se vamos para algum lugar "especial", com nome ou não, não sei.
Estou a cada dia mais cética.
A pintura de Monet está graciosa, de fino porte e creio que tem muito a ver com nossa amiga em comum.
Um grande abraço para ti e estamos juntos nessa amizade.
Certamente, o que conta é o que fica de quem não ficou: Gestos, palavras lembranças... Não importa pensar no fim do caminho, mas, em como caminhamos, isso sim, traçará o nosso destino. é no agora, no hoje que semeamos o nosso amanhã; fé em Deus, em nós e na vida.
ExcluirO ceticismo é efeito colateral da falta de respostas de religiões que insistem em dogmas e rituais, sem encarar de frente a realidade espiritual.
Com absoluta certeza. A vida segue, aqui e para além da morte.
Um abraço.
Coloquei na resposta para Vera uma reportagem sobre a vida depois da morte. Aqui deixo um pequeno vídeo ilustrativo:
https://www.youtube.com/watch?v=Qs5Ng29Ax0Q
Querido amigo Antonio, linda a homenagem à sua amiga Leninha, sei que não é fácil a separação, mesmo sendo amizade virtual, pois a alma é a que se comunica, sendo assim, a alma é imortal, vai para o mundo espiritual e lá volta à sua forma original, a de espírito!
ResponderExcluirImortalidade, eis a que também creio, pois não teria sentido a vida por aqui com tantas emoções envolvidas!
Vamos indo, amando, sentindo, percebendo, sendo eternos, pois "lá" é igual aqui, tudo continua até quando decidimos voltar, digo que isso é como um "revezar" um pouco por aqui e outro tanto por "la"!
Abraços apertados!
A resposta a esse comentário virou postagem em http://www.aponarte.com.br/2017/07/amigos-nao-tao-virtuais.html
ExcluirObrigado.
Ola amigo, perfeita suas reflexões sobre a morte. Eu ainda que às vezes me assombro com certas mortes compartilho desta concepção de vida e morte. Uma perfeita homenagem á nossa Leninha, que teve este carinho este cuidado de nos preparar, embora não imaginasse o que ela queria dizer. Que ela onde estiver sinta nosso carinho.
ResponderExcluirUm abraço amigo.
Com certeza ela sente e sentirá as positividades enviadas por seus amigos.
ExcluirUm abraço. Bom dia do amigo.