Quem se eleva ou muito se rebaixa,
subestima ou superestima,
quem passa da conta,
quem nem conta faz!
Avarentos e perdulários,
prepotentes e subservientes;
Os que se apressam,
os que se deixam apreçar.
Gente que nem começa e já desiste,
que inexiste;
os dados ao vício,
os chegados ao ócio,
alguns tantos a se acomodar.
Uns que correm em demasia,
aqueles que rastejam,
Há os que pouco almejam
Gente que muito deseja!
Mas, pouco faz para alcançar.
Quem vacila e só exita,
quem aguarda o céu mandar.
Os que confundem esperar e esperança,
que curtem mal a riqueza,
aceitam mal a pobreza;
a impermanência do sucesso,
a efêmera fama,
o revês a espreita,
a via estreita a se trilhar.
Quem não muda nem recicla
muito implica
e pouco aplica ao descomplicar;
quem só finge,
quem por tudo se aflige,
quem leva a vida a lamentar.
Quem persegue desculpas,
quem vive a seus erros ruminar.
Os rigidamente inflexíveis,
os donos de “certezas” inamovíveis,
realidade a obnubilar.
Os trânsfugas da razão,
abortando sonhos,
abraçando a ilusão.
Idealizando de mais,
vivenciando de menos;
vão tragando o tempo,
amargando a vida,
biografando sua frustração.
Postado aqui em 16 de agosto de 2017.
É preciso saber viver, inteligente, resumindo, Tonico.
ResponderExcluirUma prosa poética social bem entrelaçada e interessante.
O poema de Drummond, que já conhecia, é uma pérola e "delícia" da Literatura.
Abracinho e dias muito felizes.
Aprender a viver, saber transformar os erros em acertos e não em pretextos para frustrações. Viver é uma caminhada de mão única, sempre em frente. E não dá para tardar parado, esperando...
ExcluirEssa bela metáfora do caderno nos faz pensar no aprendizado da vida:
https://www.youtube.com/watch?v=9lMM0vzLVNQ
Um abraço. Felicidades mil.
Frustações... se não soubermos digeri-las acabaremos em um divã de psiquiatra!
ResponderExcluirÓtima reflexão, Antonio!
Abraço.
Aprender a superar as adversidades, saber escolher e entender que nossas opções diante da vida, tem consequências. Saber digerir as frustrações e seguir em frente.
ExcluirNessa bela composição de Cartola para sua filha, ele resume bem: "O mundo é um moinho".
https://www.youtube.com/watch?v=sSeGSsU9TlY
Um abraço.