Aquele menino era filho de um pobre sapateiro e uma empregada doméstica. Aos sete anos, perdeu a sua genitora, cabendo ao velho José, fazer as vezes de pai e mãe. Um grande exemplo de “pãe”.
Prestimoso e esmerado, seu José fazia por seu filho, tudo o que estava dentro de suas possibilidades, ensinando ao menino desde cedo, que precisava viver dentro das condições que tinham, esforçando-se sempre em busca do melhor. Consciente, o velho sapateiro, não era desses pais que arrotam sandices do tipo: “Vou dar ao meu filho tudo o que eu não pude ter”. Assim, Zezinho, logo aprendeu uma antiga lição, a de não colocar chapéu onde a mão não pudesse alcançar. Não encontrou facilidades, não teve brinquedos caros nem pôde frequentar caras escolas, mas, recebeu vastas lições de honradez e dignidade, ética e perseverança, humildade e determinação, proatividade e responsabilidade, valores…
Adorava seus carrinhos de lata de óleo de soja com rodas de carretel de linha, os de sobras de madeira, entre tantos brinquedos feitos pelo pai, que com elásticos, borrachas e o que tivesse à mão, engendrava mecanismos para dar algum movimento às fantasias do filho, que encontrava encantamentos nas invencionices paternas.
Ajudava o pai na sapataria, fazia pequenos serviços para os vizinhos, sem prejuízo à diversão e o estudo. Com o que o sábio José não transigia. Pai presente e interessado, vez por outra, dava uma incerta na escola para ver como andava o filho, acompanhava, cobrava, cumpria o seu papel.
Certo natal, o menino manifestou o desejo de ter um smartfone, nem era um desses tops de linha, mas, o pai não tinha como comprar. Então lhe deu um desses cofrinhos de plástico em forma de porquinho e propôs ao filho que fosse juntando durante aquele ano as moedas de um real e cinquenta centavos que conseguisse. E se até o natal seguinte, não acumulasse o suficiente ele completaria. Não só o bastante. O rapaz juntou até para também comprar o seu primeiro presente para o velho pai.
Zezinho cresceu, compenetrou-se José e com muito esforço formou-se advogado, prosperou, abriu uma fábrica de calçados e além do nome que o pai lhe deu, adotou como sobrenome o ofício do genitor. Gostava de ser chamado: José do Sapateiro, como ficou conhecido desde a adolescência.
Boa tarde:-Por muito simples que sejam, não existem melhores e mais sábios, que os conselhos de Pai ( e mãe)
ResponderExcluir.
* Versos Poéticos de Amor ( Poetizando e Encantando ) *
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Votos de um domingo muito feliz
"Casa dos pais, escola dos filhos", diz o ditado que vem caíndo em desuso. Infelizmente!
ExcluirUm abraço e um bom fim de semana.
Bom dia querido amigo poeta sensível Antonio!
ResponderExcluirQue lindo texto, emocionante, me transportou ao meu tempo de criança e a alegria de também ter tido uma educação assim, de reconhecimento dos verdadeiros valores da vida!
Conselhos dos pais, os que amam seus filhos de verdade e sempre presente em suas vidas!
Amei ler, deixo aqui um feliz Dia dos Pais!
Abraços apertados!
Pena que muitos pais de hoje estejam abdicando do seu papel de educadores dos filhos, terceirizando e se limitando a meros mantenedores, "paitrocinadores" de uma vida de relações coisificadas.
ExcluirUm abraço e um bom fim de semana.
Oi, menino Tonico!
ResponderExcluirTu, de noite, escreves ainda melhor. Acho k tinhas o coração cheio de mel -rs e então, escrita pra k te quero!
Adorei a tua história, a tua prosa e a mensagem k ela encerra. Já não temos Zezinhos, desse jeito, ou se temos, temos mto, mto poucos.
Assim é k se transmitem os valores e se ensina a criança a ir conseguindo obter, step by step, aquelas "coisinhas" de k todos gostam e k os pais, por ser acessório, não podem ou não pretendem dar para não criar na criança compulsividade nas compras.
Embora, eu tivesse uma infância mto feliz e com bastantes brinquedos, preferia escutar histórias, k meu avô me contava ao serão, passear de burro com as perninhas ou para o lado dto do dorso do animal, ou para o lado esquerdo (menina era diferente de Menino ao moinar o burro, assim me dizia meu avô), roupa nova, k a costureira k minha tia Rita, k não tinha filhos, contratou para fazer costura lá em casa, ajudando a mocinha, economicamente, cantar fado e dançar como as ciganas, exibindo-me para a família e amigos.
O Zezinho se tornou advogado com seu esforço e de seu pai. Ser chamado "José do saapteiro" era uma forma terna e agradecida a seu amado pai.
FELIZ E AGRADÁVEL DIA DOS PAIS. PERDESTE O TEU BEM CEDO. ENTENDO O QUE ESSE DIA SIGNIFICA PARA TI.
Abraço extensivo a ambos.
Prefiro escrever pior e dormir melhor. Rs rs rs...
ExcluirA família vem abrindo mão do seu papel, perdendo suas histórias e ternura. Muito por culpa dos próprios pais, escasseiam os zezinhos e abundam filhos problemáticos, melindrosos e sem noção. Assim, vai se consolidando uma sociedade vazia, transbordante de desvalores, psicótica, neurótica, dementada mesmo.
https://www.youtube.com/watch?v=sfixHYBWaiU
😚
Sim, concordo.
ExcluirSem dúvida alguma.
Gostei da canção: pais e filhos não se entendem.
Abracinho.
Cada dia mais desentendimentos, conflitos... Precisamos arrumar a casa, resgatar a família...
ExcluirBoa noite. Todos os elogios ou Homenagens são merecidas para quem ainda tem Pai. Parabéns!!
ResponderExcluirBeijos-Boa noite!
Vivas para todos os pais! Os encarnados e os que já passaram para o outro lado da vida.
ExcluirUm abraço e uma boa semana.