Saca do coldre a palavra,
dispara, atira;
fere, machuca, maltrata...
A palavra alveja,
vara o alvo com dor e sem dó.
Cada qual com seu porte de palavra,
com a língua engatilhada,
com o dedo em riste;
desalmados e tão desamados,
armados, miram.
Franco-atiradores, terroristas, guerrilheiros,
snipers, levianos, aventureiros,
duelistas!
Do outro lado o revide,
tiros de maior calibre e menor calão,
palavrão!
Adjetivos pejorativos,
substantivos abjetos,
obscena munição.
E na refrega verborrágica
finda a trágica “argumentação”.
Entre mortos e feridos,
nenhum vencedor;
sucumbem todos!
Jazem silentes,
despalavrados,
sumariamente, desarmados;
deliberada e voluntariamente derrotados.
Mas que o que é isso? O homi tá sonhando e pensa k tá na guerra.
ResponderExcluirQuantos você já "matou", Tonico -rs?
Caramba, homi gosta mto de filmes e séries de ação, vendo uns tombar, outras matar. Que tiroteio mental!
O poema está mto bem feito e guerrilheiro, mas te ponho a seguinte questão: e se tu fizesses amor, em vez de guerra?
O vídeo é faroeste puro. Nossa! Tôu de olhos vendados -rs.
Beijinhos, ai, não, te quero bem longe de mim -rs.
É a arma da palavra, ou melhor, a palavra sendo usada como arma, ferindo, machucando, matando... Quando a palavra, bem usada, pode e deve construir, elevar, melhorar... Conduzir cada um ao amar. Precisamos, de fato, acabar com esse faroeste verbal da vida hodierna, escutar e fazer eco das palavras silentes que inspiram e enobrecem.
ExcluirAqui um duelo de palavras criativo, embolada e repente na cultura nordestina:
https://www.youtube.com/watch?v=Nf8SqHWeAiE
Um abraço bem apalavrado.
As palavras ferem mais, por vezes, que "armas", mas nós queremos palavras sinceras e bem usadas.
ExcluirEscutei o vídeo aos pulinhos -49 minutos, pke isso é o k em Portugal se chama de desgarrada, ou seja, um canta ou fala e outro responde, de forma graciosa, e se possível de maneira mais inteligente.
Bom domingo com boas palavras.
Palavras de amor, amizade, esperança; construtivas, salutares, inspiradoras... Enfim, palavras. Não armas.
ExcluirUm abraço desgarrado.
Paroles, paroles, paroles (palavras, palavras, palavras)-rs.
ExcluirMerci beaucoup.
Oi, Tonico!
ResponderExcluirTentei um vídeo, mas se encontra indisponível. Desculpa! Podes eliminar a frase "Este comentário foi removido pelo autor". Acho k ficando essa frase, o blog fica feio, esteticamente. Obrigada!
Maravilhoso como sempre!!
ResponderExcluirSonhos Perdidos... ( POETIZANDO...)
Beijos - Boa noite - Bom fim de semana!
Palavras para o bem, não para duelar, não como armas.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
😎Vida, sonho. Garrafa ao mar.
A palavra duelo, o termo duelistas... Cabem tão bem numa poesia. Diferente da realidade, não é mesmo?
ResponderExcluirComo diria um outro poeta... na realidade, tudo arde.
juliamodelodemodelo.blogspot.com
Isso. Na verdade, precisamos calar duelos para construir diálogos. Resgatar a palavra como instrumento de comunicação, não uma arma sem noção.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
😔 Mata quem desmata.
Muito, muito bom.
ResponderExcluirÉ mesmo assim, em duelo acaba por terminar numa enorme peixeirada.
Gostei muito, António.
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É preciso fazer valer a força do argumento e não o argumento da força.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
💗 Vasto jardim, o coração.