Coração de bronze, anatomia da desilusão

... quimeras, más querelas, restos de paixão que não restou. O fogo ardente de outrora, forjou no peito um simulacro, Caricatura sem vida, sem sangue, sem pulso, sem liga. Indigente...

Antonio Pereira Apon.

No blog Filosofando na vida, a professora Lourdes nos convida a escrever uma frase, verso, poesia, pensamento, mensagem… Sobre uma imagem postada a cada fim de semana. Acima, a imagem sugerida. Abaixo, a minha 79ª participação nessa “brincadeira” intitulada: Poetizando e encantando.

Um cadeado o coração,

trancado amor,

trancafiada emoção.

As chaves que desabrem o frígido bronze,

parecem feitas de ilusão;

quimeras,

más querelas,

restos de paixão que não restou.

O fogo ardente de outrora,

forjou no peito um simulacro,

Caricatura sem vida,

sem sangue, sem pulso, sem liga.

Indigente sem a gente,

sem sentir um sem sentido.

Mistura de cobre com estanho,

estranho,

o brônzeo artifício;

orna, adorna,

enfeita a anatomia sem poesia,

desilusão.

Nossas participações no "Poetizando e encantando":

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