Fala sério! Brasil. Tchutchuca ou Tigrão?

Muita gente repete mundo afora com absoluta razão: “Le Brésil n’est pas un pays serieux” – “O Brasil não é um país sério”, frase equivocadamente atribuída a Charles de Gaulle. Na verdade, seu autor é o diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza Filho, embaixador do Brasil na França entre 1956 e

1964, genro do presidente Artur Bernardes.

E, no hilário circo de horrores do país da piada pronta: Após mais de seis horas, uma audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) chega ao fim com deboche, confusão e baixaria. Achincalhado por um Deputado Federal, o Ministro da Economia é desrespeitosamente chamado de "tigrão", quando lida com os aposentados, e de "tchutchuca", quando se trata dos privilegiados. Respondendo com não menor desrespeito, o Economista: "É a sua mãe. É a sua avó...”

Em outros tempos, se diria: “Relaxa e goza”, pois “não vamos colocar meta. Vamos deixar a meta aberta, mas, quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta”, afinal de contas, "a cachorra é um ser humano como qualquer outro" e "uma mulher não pode ser submissa ao homem por causa de um prato de comida. Tem que ser submissa porque gosta dele". "Na economia, também, a mulher tem uma grande participação. Ninguém mais é capaz de indicar os desajustes, por exemplo, de preços em supermercados mais do que a mulher. Ninguém é capaz melhor de identificar eventuais flutuações econômicas do que a mulher, pelo orçamento doméstico maior ou menor". Quem também for “imorrível”, como Jesus vai “subir na goiabeira”. "Lá, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha, que não dá nem para esquiar"; “aos poucos a população vai entendendo que é melhor menos direitos e emprego do que todos os direitos e desemprego”… ...

Falar e fazer besteira, parece um talento natural entre a politicagem tupiniquim e seu soturno humor de péssimo gosto. Triste Brasil!