Em sua peça Rei Lear, o grande dramaturgo William Shakespeare, pareceu vaticinar sobre O Brasil dos últimos tempos, resumindo numa frase profética: “Que época terrível esta, onde idiotas dirigem cegos.”. São “Heróis” bandidos contra bandidos “heróis” como no velho dito: O roto, falando do esfarrapado e o sujo do mal lavado”. “Direitopatas” e “esquerdofrênicos”, disputando o poder a qualquer custo, aliciando devotos com velhas mentiras e novas inverdades. A população, em despartido de si mesma, toma partido de seus algozes de um lado ou outro, catando virtudes fictícias na absoluta falta de virtudes que abunda dos dois lados. Delirando por um fantasioso, messiânico “Salvador da pátria”, o país segue bovinamente para o aprisco, ruminando repetidas “fake news”, bem aos moldes da propaganda nazista de Joseph Goebbels, as modernas e, não menos mentirosas, “verdades alternativas”
Sem falar na caquética, rançosa e extremamente mal intencionada polarização artificiosa entre esquerda e direita, que remonta à revolução francesa. Os eleitores são tratados como marionetes acéfalas pelas máfias ideológicas e seus subterrâneos projetos de poder, apostando as instituições e a democracia na jogatina fisiológica de seus interesses mais que inconfessáveis, suruba falso moralista de conveniências apátridas.
Até quando a cidadania tardará “deitada eternamente em berço esplêndido”, roendo migalhas de pão e circo? Até quando posará de “Alice no país das maravilhas”? Até quando o “canto de sereia” dos aventureiros, seduzirá o “jeitinho brasileiro”? Até quando? ...