... A parte de cada parte, para resgatar a integridade da paisagem, da composição; o todo numa poética completude. Substituindo o conserto de consertar, pelo concerto de tocarmos juntos...
A invenção do quebra-cabeças/“puzzle é atribuída ao cartógrafo inglês John Spilsbury. Em torno de 1760, ele começou a colar mapas em placas finas de madeira, recortando os países conforme suas fronteiras. Seu intuito, foi facilitar o aprendizado da geografia. Instrutivo e divertido, o novo método, permitia às crianças aprenderem a identificar cada país e sua localização. Com o avanço da tecnologia e dos materiais, os quebra-cabeças ganharam popularidade, indo além da educação para o entretenimento geral, ganhando temáticas e formatos os mais diversos. Agora, voltando à ideia de Spilsbury, a perda de alguma peça/país deixava o mapa incompleto. Transportando o conceito dos quebra-cabeças para a vida, podemos dizer que cada um de nós é uma pecinha do grande ““puzzle” das nossas relações e interações; peça, que faltando, deixa uma sensação de incompletude… Somos parte de um todo.
Sobre essa inter-relação da parte e do todo, circula já a muito tempo, uma mensagem imputada ao famosíssimo “Autor Desconhecido”:
Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de melhorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.
Certo dia seu filho de sete anos invadiu seu laboratório decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista nervoso com a interrupção tentou que o filho fosse brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível removê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção. De repente deparou-se com um mapa do mundo, o que procurava! Com o auxílio da tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeça? Então eu vou lhe dar o mundo para você consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Passada algumas horas, ouviu a voz que o chamava calmamente.
- Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar sozinho!
A princípio, o pai não deu crédito as palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz? Se não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem. Virei os recortes e comecei a consertar o homem, que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.
***
Nesse grande quebra-cabeças, só consertando o homem, poderemos consertar o mundo. Começando por cada homem no conserto de seu mundo interior. A parte de cada parte, para resgatar a integridade da paisagem, da composição; o todo numa poética completude. Substituindo o conserto de consertar, pelo concerto de tocarmos juntos essa sinfonia harmônica, necessariamente interativa. O viver.
Conserto de consertar
ResponderExcluirConcerto ( musical ) em que atuam juntos
Os dois, em cada momento, são importantes independentes do que cada um nos ensina e ajuda.
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Cumprimentos poéticos.
Bom mesmo, é quando conseguimos consertar tudo, para que a vida possa tocar o seu concerto.
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Um abraço. Tudo de bom.
Brilhante texto que me deu gosto ler :))
ResponderExcluirHoje :
Queria viver no teu silêncio
Bjos
Votos de uma óptima Terça-Feira
Nos consertando, nos habilitamos para o concerto da vida.
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Um abraço. Tudo de bom.
O Mundo já não tem conserto, nem o homem!! :)
ResponderExcluirBeijos. Boa noite!
Não seja pessimista. O mal é espalhafatoso e barulhento, mas, o bem, sereno e persistente, avança pouco à pouco. Acredite!
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Um abraço. Tudo de bom.
Uma ótima parábola...
ResponderExcluirO homem vai se consertando, ainda que lentamente...
Muito lentamente...
Abraço, Amigo António.
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Ainda que lento, necessário é o conserto do mal, para que tenhamos o concerto do bem.
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Um abraço. Tudo de bom.
Boa noite de paz, amigo Antonio!
ResponderExcluirA mensagem e antiga e voce a contextualizou de forma inteligente.
Vamos cuidando de nossa conversao e tudo vai melhorar ao nosso redor.
Gostei muito de vir aqui e meditar na mensagem.
Tenha dias abencoados!
Abracos fraternos de paz e bem
Contextualizar o bem, conserta o mal, preparando a vida para o concerto das mudanças.
ExcluirTe convido para ler: 😎 Natal, nas pegadas de Jesus.
Um abraço. Tudo de bom.
As coisas que eu aprendo contigo! Creio que pesquisaste a história sobre o conserto do mundo, ou não?
ResponderExcluirUma criança foi capaz de colocar o quebra-cabeças todo certinho e os adultos não são. A criança representa o bem e o bom.
Gostei muito desse post.
Beijinhos.