... Conhecermos o bem e o mal que coabitam em nós, é fundamental, para que não nos tornemos joguetes das situações, dos outros e do nosso próprio ego; para que nossas escolhas sejam mais racionais e menos passionais. Em se tratando de conduta humana, o bem e o mal, não são absolutos...
A dualidade entre o bem e o mal, não é novidade, atormenta o ser humano, desde que esse se deu conta de si. A forma como, coletiva ou individualmente, lidamos com isso, é que faz toda a diferença. Circula na internet a “Fábula dos Dois Lobos”, atribuída aos índios Cherokee. Que conta:
"Certo dia, um jovem índio cherokee chegou perto de seu avô para pedir um conselho. Momentos antes, um de seus amigos havia cometido uma injustiça contra o jovem e, tomado pela raiva, o índio resolveu buscar os sábios conselhos daquele ancião.
O velho índio olhou fundo nos olhos de seu neto e disse:
“Eu também, meu neto, às vezes, sinto grande ódio daqueles que cometem injustiças sem sentir qualquer arrependimento pelo que fizeram. Mas o ódio corrói quem o sente, e nunca fere o inimigo. É como tomar veneno, desejando que o inimigo morra.”
O jovem continuou olhando, surpreso, e o avô continuou:
“Várias vezes lutei contra esses sentimentos. É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não faz mal. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende. Ele só luta quando é preciso fazê-lo, e de maneira reta.”
“Mas o outro lobo… Este é cheio de raiva. A coisa mais insignificante é capaz de provocar nele um terrível acesso de raiva. Ele briga com todos, o tempo todo, sem nenhum motivo. Sua raiva e ódio são muito grandes, e por isso ele não mede as consequências de seus atos. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar nada. Às vezes, é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito.”
O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou: “E qual deles vence?”
Ao que o avô sorriu e respondeu baixinho: “Aquele que eu alimento".”
Nesse sentido, podemos alimentar o bem ou o mal, que vai nortear ou desnortear nossas opções. A escolha é sempre nossa e implica em inevitáveis consequências. Portanto, precisamos ter cuidado com o que queremos, prestar bastante atenção naquilo que desejamos e nas nossas motivações. O mal, pode ser bastante persuasivo e insistente, como na lenda do Sapo e o Escorpião, que narra:
"Certa vez, após uma enchente, um escorpião, querendo passar à outra margem do rio, aproximou-se de um sapo que estava à beira do rio e fez-lhe um pedido:
- Sapinho, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?
O sapo respondeu:
- Só se eu fosse tolo! Você vai me picar, eu vou ficar paralisado e morrer.
Mas o escorpião retrucou, dizendo:
- Isso é ridículo! Eu não pagaria o bem com o mal, mesmo porque eu dependo de você. Se eu lhe picar, você poderá se afogar e eu também.
E o sapo sempre se negando a levá-lo, mas tanto insistiu o escorpião que o sapo, confiando na lógica do aracnídeo peçonhento, concordou. Levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo.
Atingido pelo veneno, já chegando à margem do rio, moribundo, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou:
- Por que você fez isso comigo, escorpião? Qual o motivo dessa sua maldade? Diga-me. Por quê?
E o escorpião respondeu:
- Não sei. Talvez porque eu seja um escorpião e essa é a minha natureza."
Conhecermos o bem e o mal que coabitam em nós, é fundamental, para que não nos tornemos joguetes das situações, dos outros e do nosso próprio ego; para que nossas escolhas sejam mais racionais e menos passionais. Em se tratando de conduta humana, o bem e o mal, não são absolutos. Com a vivência, a convivência e o aprendizado das interações, observadas e bem compreendidas, “de um mal aparente, se tira um bem permanente”, ou não! Tudo depende do agir ou reagir de cada um de nós, do lobo que resolvemos alimentar, se preferimos ser sapos, escorpiões, uma coisa qualquer ou sermos gente no sentido mais amplo que essa palavra possa ter. O desconhecimento de nós mesmos, a ignorância sobre a essência que nos anima, produz percepções erráticas, muitas vezes, somos levados a trocar um suposto mal por um pretenso bem e vice-versa. Vagamos como folhas ao vento, sopradas pelos momentos ou vontades insuspeitas, desconhecidas.
P elo Amor derramado
ResponderExcluirA paz enfim reinou
S ó nos resta o Amado
C om todo esplendor
O sol nos vem calado
A contemplar tanto Amor.
Boa Páscoa, amigo Antonio!
O discernimento entre o bem e o bem maior é um desafio para quem caminha na fé e pela fé.
Abraços fraternos e festivos
Discernir o bem e o mal é uma das tantas lições legadas pelo Cristo. Jesus conosco.
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=xsSZogTOO2c
Um abraço. Tudo de bom.
A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.
🙏🙏🙏🕊️🌼😇🌻🔔💥
ExcluirMuito bom de se ler. Obrigada!:)
ResponderExcluir-
"Neste tempo que nos resta..." | Uma Santa Páscoa| .O tempo pode ser curto e o amanhã já ser tarde. A Páscoa continua, as vidas não. Por isso, façamos do nosso próprio lar o imaginário da família em volta da mesa. A praia que gostaríamos de visitar... O parque florido iluminado pelos raios de sol... Façamos a nossa obrigação. Ficar em casa, porque do nosso lar iluminado podemos sempre falar com quem está longe, ou mesmo ali ao lado... PÁSCOA FELIZ.
Beijo e abraço, virtualmente carinhoso.
#FiqueEmCasa. Vivermos uma páscoa consciente, para que possamos ressurgir como uma humanidade renovada e renovadora, quando passar essa pandemia. Porque, ela vai passar! Felicidade, fé e esperança para todos.
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=Cz7NBYcgk4c
Um abraço. Tudo de bom.
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Excelentes histórias que funcionam como belas parábolas...
ResponderExcluirDias iluminados, amorosos e tranquilos...
Tudo pelo melhor.
Abraço, amigo António.
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Resta-nos aprender. Ou não. Tem gente que teima em cultivar defeitos de estimação, colecionar desatinos. Pior é quando gente assim, ocupa cargo de autoridade. Um desastre.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.
Olá, António, achei linda a história do avô, do netinho, dos lobos... Muito bem contada, o ódio não leva a nada, destrói, é um alimento poderoso, mas no fim destrói quem o sente. Terrível esse sentimento. Prefiro esquecer logo as mágoas ou algo que fazem. Nada justifica vivermos com o coração despedaçado pelo ódio.
ResponderExcluirDesejo uma feliz Páscoa a você e sua família, no próximo ano será melhor, tudo vai passar, voltaremos a sorrir.
Beijo, cuide-se.
Inteligência emocional. Eis o que toda a humanidade precisa desenvolver. Que saiamos dessa crise com lições aprendidas que norteiem seres humanos melhores. Recíprocas felicitações.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
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Cada vez é mais difícil distinguir o bem e o mal, caso contrário hoje não estaríamos tão enrolados! Tema pertinente!
ResponderExcluirUm abraço, Apon!
Isso mesmo. Verdades mentirosas e mentiras verdadeiras, fazem parte dessa sociedade tão paradoxal. Dá nisso que vivemos.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
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