... navegamos todos nós no mesmo mar, na diversidade de nossas embarcações e, independente de onde estejamos embarcados, temos que infrentar tempestades e calmarias; queiramos ou não, adentrar o alto mar do viver...
Vida, o grande mar de todos nós, que se expande para além do horizonte do tempo; dá nos mares de além-mar, nalgum lugar aquém do olhar.
Canoas, jangadas, barcas, barcaças, escunas, saveiros, lanchas, iates, transatlânticos, cargueiros, veleiros, fragatas, rebocadores... Embarcações impulsionadas pelo vento, remos, motores ou pelos braços que não desistem, insistem sobre uma tábua de salvação.
Assim, navegamos todos nós no mesmo mar, na diversidade de nossas embarcações e, independente de onde estejamos embarcados, temos que enfrentar tempestades e calmarias; queiramos ou não, adentrar o alto mar do viver. Na refrega com as incrementes ondas do existir, no açoite dos ventos das adversidades, atirados sobre as pedras dos imprevistos… Vão à pique as naus mais frágeis, desesperam os navegantes menos hábeis e náufragos se multiplicam, reclamando a fraterna solidariedade, que deve e precisa inspirar a quem navega o marzão da vida. Qual um Titanic, muitas vezes, a maior e mais bem equipada fortaleza náutica, é surpreendida pelo destino, acidenta e afunda, não prescindindo de pequeninos botes para salvar seus ricos passageiros.
Ninguém está imune aos dissabores da travessia, nenhuma nave é suficientemente inexpugnável, para imprimir certeza ao seu desiderato. E, só a empatia, em preciosos momentos, consegue verdadeiramente, salvar.
“Navegar é preciso, viver não é preciso”, conforme o infante D. Henrique, no lema da "Escola de Sagres". Imortalizada por Fernando Pessoa; a lendária frase foi de fato, dita pelo general romano, Pompeu: "Navegar neceasse; viver e non est neceasse". “Preciso”, como um Homônimo perfeito: a mesma grafia e o mesmo som, mas, com significados diferentes. Primeiro no sentido de necessidade, depois referindo-se à precisão, exatidão. Portanto, é necessário navegar no mar da vida, enfrentar as tormentas, afrontar as dificuldades, aproveitar o hoje, o instante presente; pois o momento seguinte, o amanhã é impreciso...
Bom dia, Apon!
ResponderExcluirMais um texto muito interessante! Gostei de ler...Obrigada:)
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Mergulhada nas águas do desejo.
Beijos e um excelente dia! :)
Vamos navegando em prosa e poesia no grande mar do viver.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.
A vida já é toda ela um Mar de emoções... em que muitas vezes no "afogamos"
ResponderExcluir.
Um dia feliz
Cumprimentos poéticos
Desafogar, socorrer, salvar, lançar a boia da poesia, o bote da prosa; para acolher os náufragos do existir.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.
Boa noite amigo Antonio,
ResponderExcluirUm texto que expressa as subidas, descidas, idas e vindas nesse mar chamado vida onde somos os navegantes vulneráveis as tempestades e que delas não podemos fugir. Obrigada apela partilha .
Genuínas inspirações e talento, encontramos aqui.
Abração e boa noite.
Viver é navegar e aprender a superar superando-se, consolidando em nosso barco a segurança de quem bem sabe o que quer da vida.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
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Já cá estive e perdi o comentário...
ResponderExcluirDevo dizer que quem imortalizou a frase foi o autor, o general Pompeu no sec I AC.
Fernando Pessoa apenas a citou e deu-a a conhecer, eis as suas palavras:
«Quero para mim o espírito desta frase...»
Ótima inspiração por analogia.
E vamos navegando, ora conduzindo a bom porto, ora ao sabor de ventos tempestuosos...
Bom fim de semana.
Tudo pelo melhor.
Abraço amigo
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Na verdade, Pessoa popularizou o dito, fez eco com sua poética. Mas, o importante mesmo pé o navegar sempre, avante! Buscando o possível melhor, rumar para um porto seguro.
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