Ele amava ela, ela amava ele,
mas era:
ele silente, ela calada,
um nada dizia, a outra não falava nada;
tímidos intimidados, esterilizados.
O tempo seguiu seu fluxo,
a vida tomou seu curso;
separados, cada um do seu lado:
casaram, tiveram filhos, separaram…
Lutaram, ganharam, perderam; sobreviveram.
Mas jamais se esqueceram.
Se foram meses e anos,
cronológico silêncio desfolhando as folhinhas;
ele morreu, ela se foi;
desencarnados,
se reencontraram lá do outro lado,
descobriram no livro da vida,
que estava registrado,
devidamente programado:
ela com ele, ele com ela.
Tímidos se desprogramaram em triste cilada.
Agora,
ele emudecido, ela engasgada.
Destino?
Ele amava ela, ela amava ele,
mas era:
ele silente, ela calada...
Que pena, não terem tido a coragem de se falarem e se entenderem... e viverem de fato, esse amor!
ResponderExcluirNão basta estar escrito no "destino", há de se fazer a nossa parte e fazer escolhas, ter atitudes para que este, se cumpra.
Adorei seu poema, como sempre, amigo!
Um abraço
Valéria
Destino é o que fazemos acontecer, ou não. Triste mesmo, quando se assiste o tempo passar, se perder.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
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