Hoje, que ontem era futuro, amanhã já passou. A gente procrastina, como quem ao destino destina, nosso desatinar. Sempre posterga; prum ano novo remediar. Sem se fazer novo por dentro, não se faz advento, só, eventualidade.
O futuro alimenta a ilusão,
finge estar distante,
quando a um instante está.
O hoje,
que ontem era futuro,
amanhã já passou.
E o que num momento fez-se aurora,
noutro, sem demora;
outrora se tornou.
Mas a gente procrastina,
como quem ao destino destina,
nesse nosso vão desatinar.
Queremos sempre o novo,
pra de novo protelar;
nova hora,
novo dia,
nova agonia;
pra no ano novo consertar.
Delirando colocar rédeas no tempo,
velho homem em desalento,
velhacas utopias,
fantasias e lamentos.
Sem se fazer novo por dentro,
o novo não se faz advento,
só uma mera,
nova eventualidade;
futuro que brinca lá distante,
enquanto no calendário se anota;
no repente de um instante,
o novo passa sem a gente nem notar.
Boa noite de paz, amigo Antônio!
ResponderExcluirAdvento do Menino Deus que muitos não dão mais importância, agora Papai Noel ou até Mickey no lugar natalino (na minha capital é assim).
Uma mera eventualidade o Natal tão sonhado por nós.
Tenha dias abençoados na nova semana!
Abraços fraternos
Fazer da vida um advento ou eventualidade, depende do bem ou mal que norteia cada um. Natal sem Jesus é como pastel de vento, falta recheio.
ExcluirUm abraço. Tudo de bom.
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