No coração do ser e da rosa, o essencial é invisível. Amor, amizade e simplicidade descortinam o universo além do olhar. Eterna responsabilidade, cativar.
Rosa, a vida;
entre a suave pétala,
o agudo espinho.
Carinho, uma lição pro viver.
Na aridez do deserto,
decerto,
o encontro se fez:
o aviador,
o viajor,
pequeno príncipe cortês.
Estelar lonjura,
recanto distante;
perguntas simples,
deveras intrigantes.
Sua bela,
amada rosa,
fragilidade poderosa.
Dali, de lá e acolá,
entre planetas, seu viajar;
no caminho,
profundas lições do caminhar:
O trono sem súditos,
poder sem poder mandar;
a vaidade querendo aplausos,
a embriaguez querendo esquecer,
bebendo seu infeliz fazer;
o contador números a contar,
apercebendo a vida que verdadeiramente conta;
o acendedor, tenaz no dever,
ainda que sem vida pra acender.
“É preciso cuidar,”
foi o que descobriu,
já que,
o amor carece do zelo de um coração gentil.
Assim, em cada planeta, uma figura:
o rei vaidoso,
o bêbado em sua fuga...
Já na Terra,
um encontro fascinante;
sapiente raposa, bem pensante:
“Cativar, para amigos conquistar,
"compromisso;
“para sempre, te responsabilizar”.
Invisível,
o essencial transcende ao olhar;
enxergar, é bem do coração;
“Cativar é criar um laço que nunca afunda”,
aprofunda;
universal lição:
amor verdadeiro é o que permanece,
enternece...
E o príncipe regressa,
se reendereça rumo ao lar,
Mas seu espírito se demora,
sua essência em nós vem morar.
Pra cada adulto jamais esquecer:
sua interior criança,
precisa,
merece sempre viver.
Poema inspirado em: O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry