Precisamos nos conhecer e nos conhecendo, nos assenhorearmos das nossas escolhas, da nossa semeadura no horto do existir. Afinal, a colheita é inexorável.
A mensagem bíblica: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”. Contida em Gálatas 6;7, encerra uma inequívoca e irrefutável verdade. Na bida, sob a lei de causa e efeito, ação e reação, nos vemos condicionados à colheita dos ônus e bônus do nosso plantio. Havemos de nos preocupar, sobretudo quando lembramos que nossa semeadura nem sempre é boa e do bem, muitas vezes semeamos desastradamente o mal.
Mas, entre o semear e o colher, existe um intervalo no qual se pode fazer toda diferença. Quais das sementes vamos cuidar, regar, adubar? ... Se vamos permitir que as ervas daninhas se alastrem, sufocando a floração do bem ou deixarmos que feneçam os espinheiros, é uma escolha nossa. Entre o começo e o fim, existe o meio para que possamos corrigir o rumo, o curso; reescrevermos o desiderato do nosso jardim.
Para tanto, remetemos ao antigo: “Conhece-te a ti mesmo” comumente atribuída ao filósofo grego Sócrates (479-399 a.C.), na verdade, era a inscrição que se lia na entrada do Oráculo de Delfos. Local, dedicado a Apolo. Portanto, precisamos nos conhecer e nos conhecendo, nos assenhorearmos das nossas escolhas, da nossa semeadura no horto do existir. Afinal, a colheita é inexorável.
Não dá para plantar a beleza fake de um “Figo do Inferno” e desejar colher rosas, para colher rosas, há de se cultivar rosas (hoje já as conseguimos até mesmo sem espinhos). Reflita, repare bem na sementeira do caminho: Culposa, dolosa, desarvorada ou consciente? Mais cedo ou mais tarde, a hora da colheita se lhe imporá.