Cadê o tempo?

Colhe o que se planta. E o desplante de quem não plantou. Senhor da semeadura, que é livre, ele é o cobrador da colheita obrigatória.


Relógio na areia. #PraCegoVer #ParaTodosVerem
A imagem mostra um relógio de bolso parcialmente enterrado na areia. O relógio tem um mostrador branco com números romanos pretos e ponteiros decorativos. Ele está preso a uma corrente de metal que também está parcialmente coberta pela areia. A cena transmite uma sensação de passagem do tempo e nostalgia. - Imagem do Pixabay, descrição baseada no Be My Eyes.

Cadê o ontem que estava aqui?
O hoje comeu!
E cadê o hoje?
A rotina já o devora,
o amanhã não demora,
nem se demorará.
O tempo é eternamente passageiro,
antropofágico e ligeiro;
consome quem espera e não esperança,
delira, fantasiando alcançar;
o tempo não descansa;
rói,
corrói sonhos entorpecidos,
expectativas desvalidas,
vontades distraídas,
quereres sem querer.
Ele ceifa,
colhe o que se planta.
E o desplante de quem não plantou.
Senhor da semeadura, que é livre,
ele é o cobrador da colheita obrigatória.
E cadê o tempo?
Já passou!
Você não sentiu?



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