A vida real contrapõe a euforia passageira do Carnaval à dura realidade que retorna após a festa, destacando a ilusão, a fuga momentânea e as consequências inevitáveis da folia.

Artificial,
a alegria cai na folia,
fantasia felicidade.
Esquizofrênica,
a utopia delira ser verdade.
Atrás do trio elétrico,
no passo do frevo, do samba;
no acorde da banda,
bamba,
a coreografia desfila.
Requebra,
quebra até o chão;
ao rés da musiqueta chinfrim,
ao toque do tamborim,
mercê do que seja bom ou ruim.
Alcoólico festejo,
entorpecido bordejo,
ensejo da ilusão.
Na quarta,
apaixonadas cinzas da realidade.
Distópica,
a vida real se impõe,
desmascara a irrealidade que jaz.
Os boletos chegam,
se achegam as responsabilidades,
a inutilidade de fugir.
Enfim,
ano novo nos trópicos!
Para os desavisados,
a surpresa;
qual cavalo de Troia,
da carnavalesca paranoia,
depois de nove meses vai nascer o resultado.
Boa noite de paz, amigo Antônio!
ResponderExcluirO Carnaval tem duas vertentes, uma da alegra sadia, a outra da violência desmedida.
Ontem morreu uma passista destaque depois do Carnaval do ES, que foi o primeiro do Brasil em termos de Escolas de Samba. Uma tristeza, teve um enfarte..
Uma alucinação para muitos e nas Cinzas, a tristeza virá, certamente.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos